PUBLICIDADE

TGV se reúne com BNDES para discutir empréstimo

Como a reunião não estava prevista, não há nenhum diretor do banco participando do encontro

Por Agencia Estado
Atualização:

Um grupo de representantes dos Trabalhadores do Grupo Varig (TGV) iniciou uma reunião na manhã desta terça-feira com técnicos da área de mercado de capitais do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDES). Como a reunião não estava prevista, não há nenhum diretor do banco participando do encontro. Os técnicos que acompanham o caso da Varig e que participaram das avaliações na época da negociação do empréstimo-ponte do banco à empresa (que não chegou a ser concedido por falta de garantias) concordaram em receber os representantes do TGV. Proposta aceita Na última segunda-feira, o juiz Luiz Roberto Ayoub, da 8ª Vara Empresarial, homologou a compra da Varig pelo TGV. Na verdade, este foi um ultimato da Justiça para que a Empresa Nova Varig (NV), criada para representar o TGV no leilão da companhia, consolide a operação. Isso porque, até sexta-feira, o TGV deverá depositar a primeira parcela, de US$ 75 milhões (cerca de R$ 169 milhões) para efetivar a compra. Caso contrário, será imediatamente programado um novo leilão. O coordenador do TGV, Márcio Marsillac, afirmou que, se não houver tempo hábil para que os investidores que fazem parte do consórcio NV liberem os recursos necessários para o pagamento do sinal de US$ 75 milhões até sexta-feira, o TGV negociará um empréstimo-ponte com o BNDES. Ayoub não revelou quem é o investidor por trás do consórcio NV, já que o TGV não tem recursos capazes de honrar o negócio. Entretanto, frisou que o grupo prestou todos os esclarecimentos exigidos pela Justiça. Além disso, ele revelou que esteve em reunião com os dois investidores que participarão do consórcio NV Participações, vencedor do leilão da Varig. "A nosso juízo, foram satisfeitas as demandas. Torcemos agora para que esse grupo ´maravilhoso´ dessa empresa ´maravilhosa´ consiga salvar a Varig", afirmou. As debêntures, títulos que seriam usados como parte do pagamento do TGV pela companhia aérea, serão substituídas por aportes financeiros dos novos investidores, outra exigência da Justiça.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.