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ThyssenKrupp anuncia aumento de capital em meio a venda de unidade nos EUA

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Por Redação
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A ThyssenKrupp vai vender sua unidade nos Estados Unidos para duas rivais em um aguardado acordo para ajudar a siderúrgica alemã a sair de um mal sucedido plano de expansão, e afirmou que pretende levantar até 1 bilhão de euros (1,36 bilhão de dólares) em uma venda de ações. A maior siderúrgica alemã, cujo império se estende de estaleiros navais a elevadores, afirmou no fim da sexta-feira que venderá sua unidade em Calvert, Alabama, nos EUA, para a ArcelorMittal e a Nippon Steel & Sumitomo Metal Corp por 1,55 bilhão de dólares. A empresa também disse que vai aumentar seu capital em até cerca de 10 por cento em uma venda de novas ações, que pode levantar quase 1 bilhão de euros no preço atual, para fortalecer seu balanço e ajudar a reduzir sua dívida. A ThyssenKrupp vem tentado há mais de um ano e meio encontrar um comprador para sua unidade Steel Americas - que inclui a usina de laminação norte-americana e a CSA, localizada no Rio de Janeiro - que custou bilhões de dólares da empresa nos últimos anos e tem sido um obstáculo para a obtenção de novos fundos. Mas a venda da unidade nos EUA em Calvert não é a jogada que o presidente-executivo Heinrich Hiesinger esperava inicialmente. Ela ainda deixa o grupo com sua fatia de 73 por cento na brasileira CSA, que foi responsável pela maior parte dos quase 13 bilhões de euros que a ThyssenKrupp gastou na Steel Americas. Hiesinger, que assumiu as rédeas do grupo em 2011, pediu que investidores sejam pacientes e deem a ele mais tempo para mudar a situação da siderúrgica alemã. "Quando você reestrutura uma companhia que entrou em uma profunda crise durante um período de muitos anos, também levará anos para levar a companhia para uma base sólida", disse Hiesinger a jornalistas durante uma coletiva de imprensa neste sábado. Hiesinger tem tentado se desfazer de ativos para distanciar a ThyssenKrupp do volátil negócio de aço e apostar no segmento de produtos e serviços como elevadores, submarinos e componentes de fábrica, que tem melhores margens. (Por Maria Sheahan e Tom Käckenhoff)

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