Publicidade

Tipologia de 3 quartos cresce em tamanho 

Embraesp também vê alta de 48% no número de estúdios e imóvel de 1 dormitório, que perdem a garagem e caem de preço

Por Heraldo Vaz
Atualização:

Os novos apartamentos de três dormitórios estão ficando maiores na cidade de São Paulo. Os dados registrados pela Empresa Brasileira de Estudos de Patrimônio comprovam a tendência. “A área cresceu de 80,2 metros quadrados, na média, para 91,6 m² este ano”, diz Reinaldo Fincatti, diretor da Embraesp. Comparando os lançamentos do primeiro trimestre com o mesmo período de 2018, o tamanho aumentou 14%.

Corredor: zona de estruturação urbana, Avenida Rebouças e região atraem lançamentos. Foto: Tiago Queiroz/Estadão

PUBLICIDADE

O setor, segundo Fincatti, está buscando um projeto melhor para três dormitórios. “São imóveis um pouco mais amplos.” O número de unidades com três quartos também aumentou de 313 no primeiro trimestre de 2018 para 511 imóveis neste ano.

Outro destaque foi o maior volume de lançamentos de estúdios e apartamentos de um dormitório. Cresceu 48% no mesmo período, passando de 743 unidades para 1.103, com uma participação de 36% do total de lançamentos.

“Cadastramos 23 lançamentos, com 3.059 unidades de todas as tipologias”, diz Fincatti, apontando alta de 16% nos imóveis lançados na capital. Foram 2.633 unidades de janeiro a março de 2017.

Vaga

Dois terços dos apartamentos com até 1 quarto perderam a garagem, segundo a Embraesp. No primeiro trimestre de 2018, todos os imóveis desse tipo tinham uma vaga. Neste ano, “apenas um em cada três dispõe de garagem”, diz Fincatti. Por causa da mudança da lei, não é mais obrigatório vincular vaga à unidade residencial. 

O modelo sem vaga também está ligado à busca do consumidor por preços mais acessíveis em empreendimentos com localização perto de metrô, trens e corredores de ônibus.

Publicidade

A ausência de garagens fez o preço médio do um dormitório cair de R$ 14,6 mil por m² para R$ 11 mil no primeiro trimestre de 2019. “É a vaga refletindo direto no preço”, avalia Fincatti.

Ele também chama atenção para a redução da área útil dos estúdios e um dormitório. Diminuiu 11%, em média, de 34,5 m² para 30,8 m².

Lançado pela Plano&Plano, o projeto Iguatemi Santa Tereza, em Guaianases, com 300 unidades de dois dormitórios é um exemplo de quanto custa uma garagem em imóveis econômicos. O apartamento, com 35 m² de área útil, custa R$ 143,4 mil, segundo a Embraesp, e a opção com uma vaga sobe R$ 22,1 mil, totalizando R$ 165,5 mil.

Regiões

PUBLICIDADE

Líder em lançamentos na cidade, a zona sul registrou aumento de 50% no último ano, segundo dados do Sindicato da Habitação (Secovi). Foram 9,2 mil unidades contra 6,1 mil em 2017. A participação foi de 28% em relação ao total de 32,8 mil novos apartamentos que chegaram ao mercado de São Paulo.

A zona leste concentrou 27% dos lançamentos (com 8,7 mil unidades), seguida pela zona oeste com 23% (7,5 mil).

Segundo a Embraesp, Moema, na zona sul, e Pinheiros, na zona oeste, figuram no ranking das dez zonas que mais receberam empreendimentos em 2018. Moema é um bairro nobre, com lojas, restaurante e novas estações da linha lilás do Metrô, descreve Fincatti. 

Publicidade

“Apresenta um tecido urbano qualificado.” Outro ponto, destacado por ele é o fato de Moema ser favorecido pelo alto coeficiente de construção (quatro vezes maior) por estar localizado em uma zona de estruturação urbana (ZEU). Foram lançados oito projetos em 2018, segundo Fincatti, aproveitando esse benefício.

No eixo da Avenida Rebouças, também classificada como ZEU, Pinheiros recebeu uma sucessão de novos empreendimentos residenciais e edifícios multiúso, com escritórios, apartamentos, lojas e cinema. No ano passado, a Nortis e Eztec, ambas premiadas com o Top Imobiliário, lançaram no bairro o POD e o Z Pinheiros.

Pinheiros é mais caro que Moema

Pinheiros e Moema figuram no ranking das dez regiões da capital que mais receberam lançamentos, segundo a Embraesp, que usa o conceito de zonas de valor em vez de bairros. Novos projetos de Pinheiros têm preço médio mais alto que os de Moema: R$ 14,9 mil por m2 contra R$ 14,7 mil. Num imóvel de 100 m2, a diferença seria de R$ 20 mil. Preços médios praticados, rankings de zonas de valor com maior movimentação imobiliária e estoque de projetos aprovados são informações que constam no Relatório 2018 da Embraesp. A nova edição, com preço de R$ 600, também traz estatísticas sobre os lançamentos na região metropolitana, comparativo com a capital, evoluções históricas com número de empreendimentos, área e unidades lançadas. O pedido pode ser feito via e-mail (contato@embraesp.com.br) ou pelo telefone (11) 3665-1590. 

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.