O C-Bond, principal título da dívida brasileira negociado no exterior, está cotado no patamar mínimo desta quarta-feira, em 88,875 centavos por dólar. Ontem estes papéis encerraram o dia em 89,500 centavos por dólar. O Global 40, outro importante papel da dívida brasileira, opera em queda de 1,38%, vendido a 89,25 centavos por dólar. O risco Brasil, taxa que mede a desconfiança do investidor estrangeiro na capacidade de pagamento da dívida do país, está em 702 pontos base. Ou seja, o investidor estrangeiro pede, para negociar papéis da dívida do Brasil, um prêmio de 7,02 pontos porcentuais acima dos juros dos títulos norte-americanos, considerados sem risco. A aversão ao risco por parte dos investidores estrangeiros aumentou diante da possibilidade de alta dos juros norte-americanos e da preocupação dos investidores com o comportamento do preço do petróleo. Reflexo disso foi a decisão divulgada hoje pelo banco JP Morgan de rebaixar a recomendação dos papéis da dívida externa de todos os mercados emergentes. A recomendação do banco passou de "marketweight" (peso de mercado) para "underweight" (abaixo do peso). O motivo, segundo o banco, é a percepção de que os riscos de piora ou melhora para essa classe de ativos não é assimétrica, ou seja, tem mais chances de piorar. O JP Morgan havia reduzido a recomendação de "overweight" (acima do peso) para "marketweight" no último dia 30 de abril, embora já tivesse reduzido recomendações para papéis específicos antes disso, caso dos títulos da dívida brasileira.