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Títulos da dívida externa renderam só 7% em 2001

De acordo com relatório de associação que representa os investidores em mercados emergentes, títulos da dívida brasileira renderam só 7% no ano passado. É o terceiro pior rendimento entre mercados emergentes.

Por Agencia Estado
Atualização:

Não admira que bancos internacionais estejam recomendando menos aplicação em títulos da dívida externa brasileira. Segundo o relatório anual da associação que representa os investidores em mercados emergentes (EMTA), em 2001 os títulos da dívida externa brasileira ofereceram o terceiro pior rendimento entre todos os mercados emergentes, de 7% em média. O rendimento foi o mesmo do índice Lehman US Treasury, diz a EMTA. Ou seja, um investidor que aplicou no Brasil obteve, correndo um risco infinitamente maior, o mesmo rendimento de quem escolheu investir em títulos do Tesouro americano, que em tese não têm risco. Os títulos de mercados emergentes como um todo deram um prejuízo de menos de 1%, segundo a EMTA, principalmente por causa da Argentina, cujos títulos caíram 67% em 2001. Excluindo a Argentina, os títulos de mercados emergentes renderam em média 20%. A EMTA destaca como os melhores desempenhos entre os emergentes a Rússia, que cresceu 5% no ano e realizou diversas reformas, e o México, cuja classificação de risco foi aumentada para grau de investimento. Os títulos russos renderam 56% em 2001 e os mexicanos, 14%. O Brasil também recebeu destaque no relatório, por causa dos US$ 23 bilhões recebidos na forma de investimentos estrangeiros diretos no ano passado, apesar da falta de privatizações importantes.

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