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TJ decreta extensão da falência da Boi Gordo a outras empresas

Também foide decretada a falência de Paulo Roberto de Andrade, ex-controlador de todas as empresas falidas, denunciado por crime falimentar

Por Agencia Estado
Atualização:

O juiz da 1ª Vara Cível de São Paulo, Paulo Furtado de Oliveira Filho, determinou que a falência da Fazendas Reunidas Boi Gordo SA deverá ser estendida a todas as demais empresas do Grupo Boi Gordo, controladas por Paulo Roberto de Andrade. Em decisão proferida na última quinta-feira (20), o juiz também manteve o critério único de correção dos créditos, baseado nas arrobas informadas nos contratos de investimento emitidos pela companhia, para posterior aplicação da tabela de correção do Tribunal de Justiça. O juiz fixou prazo de 20 dias, contados da data da decisão, para que os credores das demais empresas do grupo incluídas na falência - Uruguaiana Agropecuária, HD empreendimentos e Participações Ltda. (atual denominação de Casa Grande participações e Empreendimentos Ltda.), Colonizadora Boi Gordo, Casa grande Parceria Rural, Eldorado Agroindustrial Ltda. e Forte Colonizadora Empreendimentos - habilitem seus créditos no processo. Oliveira Filho também decidiu manter o síndico dativo da falência, Gustavo Sauer de Arruda Pinto. Ele negou pedido da Global Brasil Participações, que queria indicar um novo síndico por representar o maior grupo de credores da Boi Gordo. Segundo o juiz, com a nova Lei de Falências, tal critério não é mais válido. A decisão do juiz baseou-se em relatório elaborado por Arruda Pinto. "Os elementos de convicção existentes nos autos permitem concluir que havia um grupo econômico formado pela Boi Gordo S/A, Boi Gordo Ltda., Colonizadora Boi Gordo Ltda., HD Empreendimentos (atual denominação de Casa Grande Participações Ltda.) e Casa Grande Parceria Rural. Todas estas pessoas jurídicas, embora formalmente autônomas, tinham na realidade suas atividades exercidas sob direção única de Paulo Roberto de Andrade", diz o síndico em seu relatório. O Caso Boi Gordo é a maior falência em andamento no Brasil arrasta-se desde 2001, quando a empresa entrou em concordata. O processo envolve mais de 30 mil credores, que adquiriram contratos de investimento coletivo (CIC), lastreados em engorda de boi. A promessa de Paulo Roberto Andrade e de seu grupo de corretores era garantir um rendimento de até 42% ao ano ao investimento. Cerca de R$ 1,2 bilhão foram aplicados nos papéis.

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