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‘Todos ganhariam se o BB fosse privatizado’

Ao anunciar lucro de R$ 13,5 bilhões da instituição em 2018, presidente do banco ponderou que medida não está no radar do governo Bolsonaro

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Por Aline Bronzati (Broadcast)
Atualização:

“Se o BB fosse privatizado, seria mais eficiente e todos ganhariam”, disse na quinta-feira, 14, o presidente do Banco do Brasil, Rubem Novaes, ao divulgar resultados da instituição, que registrou lucro líquido de R$ 13,5 bilhões em 2018, alta de 22,2% em relação ao ano anterior. O executivo ponderou, porém, que vender o banco não está nos planos do governo de Jair Bolsonaro.

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Segundo Novaes, os ativos do banco que deverão ser vendidos são os que não dependem da rede bancária para obtenção de resultados. “Espero que um dia se chegue à conclusão de privatizar o banco e que o País um dia esteja preparado para isso.”

O executivo indicou que as participações do BB no Banco Votorantim e no Banco Patagonia estão na lista de ativos que o banco pretende vender. O banco vai contratar uma consultoria para avaliar estratégias para o Banco Votorantim, no qual a instituição estatal divide o controle com o grupo Votorantim, da família Ermírio de Moraes.

Segundo Novaes, os ativos do banco que deverão ser vendidos são os que não dependem da rede bancária. Foto: Marcos Corrêa/PR

“Estamos avaliando alternativas”, disse o executivo, descartando a hipótese de o banco comprar a metade detida pelo sócio. O banco também avalia opções para venda de sua fatia controladora no argentino Banco Patagônia. Para a Cielo, empresa de meios de pagamentos que vem perdendo mercado e rentabilidade há anos, cujo controle é compartilhado com o Bradesco, não há planos de fechamento de capital.

Segundo ele, o Banco do Brasil não venderá ativos a qualquer preço. O foco do banco será fazer a abertura de capital ou identificar parceiros estratégicos para as áreas de gestão de recursos e de banco de investimento. O martelo ainda não estaria batido.

Sobre a BB Seguridade, holding que concentra os negócios de seguros do banco, o presidente do BB disse que a companhia não está na lista de desinvestimentos, conforme declarou o secretário de desestatização, Salim Mattar. “Quando quiserem saber sobre o banco, falem com o presidente do Banco do Brasil”, retrucou Novaes.

Balanço

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O Banco do Brasil encerrou ontem a temporada de balanços das grandes instituições financeiras de capital aberto no País. O lucro anual de R$ 13,5 bilhões veio após a instituição registrar lucro líquido ajustado de R$ 3,845 bilhões no quarto trimestre, aumento de 20,6% sobre o mesmo período do ano anterior. Após cumprir todas as previsões feitas para 2018, o BB anunciou ontem que espera lucro líquido entre R$ 14,5 bilhões e R$ 17,5 bilhões neste ano.

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