
19 Fevereiro 2016 | 20h47
Tombini foi enfático ao dizer que não há espaço para cortes de juros no País com uma inflação tão elevada como a atual. Ele ponderou que a autoridade monetária está e continuará atenta a todas as informações econômicas disponíveis até a próxima reunião do Copom. Além disso, manteve a tese que já vem defendendo, de que a soma das crises externa e doméstica contribuirá para o processo desinflacionário no Brasil. “Tombini vai sofrer muita pressão para cortar juros tão logo a inflação comece a dar seus primeiros sinais de melhora”, disse Zeina. “Assim, o presidente do BC deixou transparecer que o viés está mais para alta do que para redução da Selic.”
Para Caparoz, ficou patente que Tombini estava mandando um recado ao Executivo. “Foi um ‘cutucão’ mesmo, dizendo que nenhuma ação de política monetária do BC vai conseguir derrubar essa inflação, que não é de demanda”, disse. O BC, sozinho, emendou o economista, não vai conseguir reduzir a inflação mesmo que coloque a Selic em 30% ao ano.
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