Publicidade

Top Imobiliário 2021: Lopes acelera atuação digital

Empresa aumenta investimentos em portal, ferramentas e IA

Por Heraldo Vaz
Atualização:

A primeira onda da pandemia, em 2020, carregou pessoas para o isolamento social e acarretou restrição geral para atividades econômicas, disseminando o trabalho remoto. Neste ano, a segunda onda também fechou estandes de vendas, em março e abril, e adiou lançamentos de novos edifícios em São Paulo. 

Luxo. Nos Jardins, o Melo Alves 645, da MOS, tem unidades vendidas pela campeã Lopes por R$ 30 milo metro quadrado Foto: MOS Incorporadora

PUBLICIDADE

“A grande diferença é que aprendemos a trabalhar”, diz a diretora comercial da Lopes Consultoria Imobiliária, Mirella Parpinelle, citando uma das lições da covid-19. “Corremos com a transformação digital e estamos mais preparados para atuar com plantões fechados.”

Na categoria Vendedoras, a Lopes conquistou, mais uma vez, o título de campeã do Top Imobiliário. Segundo dados da Empresa Brasileira de Estudos de Patrimônio (Embraesp), em 2020 a imobiliária lançou 39 empreendimentos, com 52 torres e 7.811 unidades em São Paulo, com valor geral de vendas (VGV) de R$ 3,9 bilhões. O tíquete médio foi de R$ 500 mil por apartamento.

Ferramenta

Com a covid-19, a imobiliária precisou se adaptar à nova realidade, apostando em inteligência artificial e ferramentas para atendimento dos clientes. Mirella lembra que, com a oferta de ações em 2019, “a Lopes captou o dinheiro antes da pandemia, e convergiu o investimento para essa transformação digital”, sob o comando do Lopes Labs, departamento com cientistas de dados, especialistas em computação e tecnologia da informação. 

“Hoje, com assinatura digital, o cliente fecha o negócio na tela do computador”, diz ela. As visitas ao blog e portal da Lopes tiveram aumento de 258% no ano passado, atingindo a marca de 1,9 milhão de acessos no quarto trimestre. “É um crescimento expressivo da presença online”, afirma. 

Mirella não tem a menor dúvida de que haverá cada vez mais produtos destinados ao programa Casa Verde e Amarela (CAV), que substituiu o extinto Minha Casa Minha Vida. Certas regiões são mais propensas para fazer CVA do que outro tipo de projeto. Amparadas pelo Plano Diretor e pela Lei de Zoneamento de São Paulo, as Habitações de Interesse Social (HIS) e de Mercado Popular (HMP) permitem maior adensamento, com apartamentos menores e sem vagas de garagem. 

Publicidade

Por dentro. Área interna do edifício, com projeto paisagístico, é um dos atrativos Foto: MOS Incorporadora

“Vamos ter muito lançamento de HIS e HMP”, diz Mirella, falando do pipeline de R$ 7,3 bilhões esperado para este ano, segundo o balanço da Lopes, que prevê a concretização de um terço ainda no primeiro semestre.

Para atuar nesse segmento, tem duas frentes, a Habitcasa e a Lopes Econômico. “Trabalhamos juntos”, afirma, ao destacar o crescimento contínuo dos produtos para a base da pirâmide social. “Neste período de pandemia, gente que estava acima caiu para essa faixa de renda.”

MAP

Mirella nota um movimento maior na oferta de imóvel de 90 m² a 120 m² e também acima de 150 m², destinado “a pessoas que estão melhorando de vida e buscam um apartamento mais confortável”. Ela cita o caso de Perdizes. “É um bairro que ficou adormecido por muito tempo.” Agora, apresenta projetos nessa metragem. “Em média, o preço varia de R$ 12 a 15 mil o m².”

Outro exemplo citado é o H.I. Pinheiros, com duas ou três suítes, de 151 m² a 178 m². “Vendemos a R$ 18 mil por m²”, afirma. O preço sai a partir de R$ 2,8 milhões.

Nos Jardins, há um empreendimento da MOS Incorporadora, responsável pela incorporação, pelo projetos de arquitetura e de interiores, com paisagismo de Ricardo Cardim. Localizado na Melo Alves, 645, terá uma torre, de 29 pavimentos, com 96 apartamentos, de 134 m² e 196 m². “Estão lançando a R$ 30 mil o m²”, conta a diretora da Lopes. “É um altíssimo padrão”, ressalta.

Financiamento

Publicidade

A Credipronto é um dos destaques no balanço da Lopes. Combinando o cenário de juros baixos com modalidades de crédito e serviços, apresentou recorde no volume financiado: R$ 3 bilhões no ano passado, representando um aumento de 83% em comparação com o resultado de 2019. 

“A Credipronto é o reflexo do nosso mercado com essas taxas de juro que baixaram, facilitando a entrada de um grande número de clientes”, declara Mirella. Ela salienta que o período de pandemia, já durando mais de um ano, valorizou a importância do imóvel como um porto seguro. “Principalmente para quem ficava muito concentrado em papéis e outras aplicações com tão baixos rendimentos”, afirma. 

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.