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Top Imobiliário 2021: Região Metropolitana de São Paulo lança 69% menos

Mercado local apresentou 5,3 mil novos apartamentos com valor global lançado de R$ 2,3 bilhões

Por Leonardo Pessoa
Atualização:

O mercado imobiliário da Região Metropolitana de São Paulo (RMSP), não computando a capital, sentiu forte retração no ano passado e registrou crescimento apenas nas vendas de imóveis com mais de 130 m², uma alta de 9,4%, de acordo com o Sindicato da Habitação (Secovi-SP)

Moradia popular Foto: Jonne Roriz/Estadão

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Segundo dados da Embraesp, os 38 municípios lançaram 5,3 mil apartamentos (menos de 450 por mês), uma redução de 69% em relação ao ano anterior. Foram R$ 2,3 bilhões em valor global lançado (VGL) – uma queda de 60%. 

As cidades com mais lançamentos, conforme a empresa, foram Osasco (2.816 unidades, a um preço médio de R$ 6,2 mil por m²), Guarulhos (2.230 unidades e R$ 5,7 mil por m²), Cotia (1.512 unidades a R$ 4,5 mil o m²), Itapevi (1.224 unidades com R$ 4,2 mil por m²) e São Bernardo (1.093 unidades R$ 6 mil por m², em média).

De acordo com a Embraesp, a área total construída em 2020 foi de 6 milhões de metros quadrados na Região Metropolitana (incluindo a capital), após os 7,9 milhões de metros quadrados feitos em 2019, uma redução de 24%. 

“A queda foi bem proporcional a todo o momento que nós vivenciamos. Sem a pandemia, certamente, 2020 superaria o ano anterior”, diz Douglas Menezes, sócio-diretor.

Tamanho

Na região, predominaram imóveis com até 65 m², que responderam por 74% de todos os lançamentos. O Secovi-SP informa que foram 2.166 unidades com metragem entre 45 m² e 65 m² e 1.815 com menos de 45 m².

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As vendas ficaram bem abaixo das previsões, segundo a entidade, atingindo R$ 3,7 bilhões em VGV, um volume 27,5% inferior ao de 2019. 

O principal destaque de crescimento aparece na faixa dos imóveis acima de 130 m², enquanto a redução mais acentuada aconteceu nas unidades com menos de 45 m² (-49,6%), seguida por aqueles com área útil entre 45 m² e 65 m² (-40,5%). De acordo com o Anuário do Mercado Imobiliário do Secovi-SP, os imóveis de até R$ 240 mil tiveram maior participação de vendas, com 4,2 mil unidades e 45,3% do total comercializado.

Santo André

O empreendimento mais caro na RMSP, segundo a Embraesp, é o Epic Patriani, em Santo André, no valor de R$ 1,9 milhão. Lançado em setembro pela construtora Patriani, são 44 unidades, 8 opções de plantas de 190 m² (R$ 10 mil o metro quadrado), 2 e 3 suítes ou 4 dormitórios, 3 vagas de garagem, espaço reservado para ponto de recarga de carro elétrico ou bicicleta elétrica, entre outras facilidades. A previsão de entrega é outubro de 2023.

Por outro lado, o mais barato é o Sunset by Zatz, em Cotia. Lançado pela Zatz Empreendimentos, em março de 2020, com financiamento do programa Casa Verde e Amarela. 

Dispõe de duas plantas: 168 unidades de 45 m² com 2 dormitórios, 1 banheiro, 1 vaga e preço de R$ 170 mil; e 10 unidades de 37 m², com 1 dormitório, 1 banheiro, 1 vaga, lançado a R$ 140 mil. A previsão de entrega é abril de 2023.  

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