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Top Picks: Analistas esperam bons resultados de empresas de e-commerce e tecnologia

Com a pandemia, especialistas veem segundo trimestre favorável para as vendas online, mas traçam um cenário negativo para o setor do turismo

Por Renato Carvalho
Atualização:

As medidas de isolamento social tomadas para tentar conter a pandemia de covid-19 trouxeram uma maior dose de expectativa em relação ao período de divulgação de balanços referentes ao segundo trimestre de 2020. Os números começam a ser divulgados na próxima semana, e os analistas esperam desempenhos melhores das empresas de e-commerce e tecnologia, enquanto que é praticamente consenso que os setores ligados ao turismo, principalmente aviação e agências de viagens, devem apresentar pioras mais acentuadas em seus balanços.

Tanto Pedro Galdi, analista da Mirae Asset, quanto Alvaro Bandeira, economista-chefe do banco digital Modalmais apontam as empresas de comércio eletrônico e exportadoras de commodities como as que devem se sair melhor nesta safra referente ao segundo trimestre.

E-commerce deve manter os bons resultados vistos no começo da pandemia. Foto: Carlos Jasso/Reuters

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Para Bandeira, de modo geral, a questão agora é saber quais empresas vão atravessar melhor os próximos meses. "As menos alavancadas e as que conseguiram captar recursos devem encontrar maiores facilidades. Portanto, o mais importante e pesquisar a situação financeira e governança", afirma.

Para Juliana Monteiro, analista da MyCap, as perspectivas positivas para os setores de e-commerce, varejo e commodities vai além do segundo trimestre. Ela acredita que as ações ainda não refletem o potencial de crescimento de receita que tem alguns gatilhos, como juros baixos, real mais desvalorizado frente ao dólar e planos do governo de manter o auxílio emergencial à população.

Na ponta negativa, Monteiro cita principalmente empresas que têm mais custos e despesas em dólar, como o setor de aviação e Ambev. Ela lista também as empresas de educação e administradoras de shopping centers, que devem apresentar "maior variação negativa de resultados".

Aviação é apontada também por Galdi e Bandeira como segmentos que devem apresentar quedas mais agudas em seus números no segundo trimestre. O economista do Modalmais cita ainda as empresas de educação com pouca ênfase no ensino à distância.

Nas carteiras recomendadas para a próxima semana, a XP Investimentos alterou as bases para a escolha de suas ações, optando por uma abordagem mais técnica, levando em conta o potencial de ganho de curto prazo. Para esta semana, a lista conta com Cia. Hering ON, Copel PNB, Iguatemi ON, Itaúsa PN e Magazine Luiza ON.

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A Guide Investimentos fez duas trocas, retirando Cyrela ON e Petrobrás PN para as entradas de CCR ON e Grendene ON. Sobre esta última, a equipe da Guide acredita que a ação é uma boa oportunidade de ganho no curto prazo, por conta do desconto no preço em relação aos pares e a reabertura de lojas.

A MyCap fez três trocas em sua carteira, com as saídas de CSN ON, Lojas Americanas PN e PetroRio ON, com as entradas de B2W ON, Locamerica ON e Rumo ON.

A Mirae fez duas mudanças em sua seleção, trocando Indústrias Romi ON e Ultrapar ON por B3 ON e Petrobrás PN. Sobre a B3, a equipe cita os bons números apresentados nas prévias mensais do segundo trimestre, e a perspectiva de continuidade no aumento do volume financeiro e no número de investidores, em cenário de juros e inflação baixos.

Por fim, a Ativa Investimentos fez uma troca, tirando MRV ON para a entrada de Notre Dame Intermédica ON.