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Top Picks: Empresas de tecnologia têm bom potencial, mas analistas fazem ressalvas

Para especialistas, é preciso tomar cuidado com a 'precificação excessiva de algumas empresas', já que a tendência é que os preços dos papéis sejam cotados a um valor alto no País

Por Renato Carvalho
Atualização:

A estreia da Mosaico Tecnologia na Bolsa nesta sexta-feira, quase dobrando de preço em relação ao valor por ação da oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês), é uma demonstração de como os investidores estão receptivos às companhias tecnológicas que resolvem abrir capital. Empresas como Enjoei, Méliuz e Locaweb, apesar de atuarem em nichos diferentes, registram altas fortes desde que foram listadas.

No entanto, os analistas recomendam alguns cuidados ao comprar os papéis. "Do ponto de vista do potencial, vemos lá fora essas empresas serem negociadas num valor bem caro. No Brasil não vai ser diferente", afirma Pedro Serra, gerente de Research da Ativa Investimentos.

Tendência é que preços das empresas de tecnologia fiquem em alta no País, assim como acontece em Nova York. Foto: Werther Santana/Estadão

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Alvaro Bandeira, economista e sócio do banco digital Modalmais, afirma que o setor de tecnologia tem crescido em todo o mundo, e é natural que o Brasil siga esta tendência. "Porém, há que se ter cuidado com a precificação excessiva de algumas empresas e com processos de consolidação. Além disso, muitas empresas podem sofrer no curso da rápida absorção de tecnologias e sistemas, dada a dinâmica do segmento", diz.

Mas há também quem enxergue um horizonte bem positivo para as empresas tecnológicas locais. Para a analista da MyCap, Julia Monteiro, há muito espaço para o crescimento destas empresas na Bolsa, sejam mais ligadas a suporte e hospedagem de sites, como a Locaweb, sejam plataformas para compras online, como Enjoei, Mosaico e Méliuz, esta última de cashback.

Henrique Esteter, analista da Guide Investimentos, afirma que o cenário de juros baixos e maior procura por ativos de risco facilita a entrada de empresas na Bolsa, mesmo aquelas que não são de grande porte.

A Guide inclusive incluiu Méliuz ON em sua carteira para a próxima semana, no lugar de Magazine Luiza ON. "Neste momento incerto e de alta volatilidade, a companhia se configura como uma ótima opção, baseado em seu bom desempenho operacional com alto crescimento no volume geral de vendas nos últimos anos e entrada em serviços financeiros", dizem os analistas.

Esta semana temos a estreia da Órama Investimentos, que para a próxima semana indica Arezzo ON, BTG Pactual Unit, Hapvida ON, Moura Dubeux ON e PetroRio ON.

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O Modalmais trocou toda a sua carteira, agora composta por BRF ON, BTG Pactual Unit, Marfrig ON, Rumo ON e Santos Brasil ON. A MyCAp fez três trocas, retirando B3 ON, Banco Inter PN e GPA ON para as entradas de Magazine Luiza ON, Petrobrás PN e Porto Seguro ON.

Porto Seguro ON entrou também na carteira da Ativa, ao lado de PetroRio ON, com as saídas de Lojas Quero-Quero ON e Sabesp ON. A Mirae retirou Bradesco PN e Gerdau PN para as entradas de Cosan ON e Usiminas PNA.

O Daycoval fez três alterações, tirando CPFL ON, Eztec ON e SulAmérica Unit para as entradas de Banco do Brasil ON, Omega Geração ON e Tenda ON.

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A XP fez duas trocas em sua lista semanal, tirando Equatorial ON e Movida ON para incluir BR Distribuidora ON e Magazine Luiza ON.

Por fim, duas corretoras com carteiras mensais fizeram uma alteração cada uma para fevereiro. A Genial Investimentos trocou Vale ON por Rumo ON. E a Singulare tirou CCR ON para incluir Vale ON.

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