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Top Picks: Plano de negócios da Petrobrás é positivo em geral, mas ainda gera dúvidas

Segundo profissionais do mercado, programa de desinvestimentos que será feito pela petroleira nos próximos anos ainda carece de mais detalhes

Por Renato Carvalho
Atualização:

O Plano de Negócios 2021-2025 apresentado pela Petrobrás nesta semana foi bem recebido pelo analistas de modo geral, mas alguns pontos ainda inspira dúvidas. As principais dizem respeito aos desinvestimentos a serem feitos pela estatal, que de acordo com alguns profissionais do mercado, ainda precisam ser mais detalhados.

Os analistas esperam sanar estas dúvidas durante o Petrobrás Day, encontro promovido pela companhia, que neste ano será virtual. "Esperamos que na reunião de segunda feira, a empresa forneça mais detalhes sobre o plano, especialmente sobre os ativos a serem desinvestidos", afirma o analista Daniel Cobucci, do Banco do Brasil Investimentos (BB-BI).

Especialistas apontam que plano está condizente com a estratégia de longo prazo da Petrobrás. Foto: Fábio Motta/Estadão

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Cobucci ressalta que a inclusão de uma maior relevância dada pela Petrobrás às boas práticas ambientais, sociais e de governança (ESG) foi uma surpresa, ao vincular as metas à remuneração variável dos executivos. "Porém, o caminho escolhido pela Petrobrás, de priorizar o petróleo em detrimento de energias renováveis dificulta que a empresa saia do discurso e implemente práticas de referência", afirma o analista do BB-BI.

Ainda sobre os desinvestimentos, Ilan Arbetman, analista da Ativa Investimentos, lembra que no plano do ciclo 2020-2024, a companhia projetou entre US$ 20 bilhões e US$ 30 bilhões em vendas de ativos, com a maior parte neste ano e em 2021, "o que já não ocorreu em 2020", lembra. Assim, Arbetman espera mais informações sobre os valores e a velocidade destas vendas. De modo geral, o analista da Ativa ressalta que o plano veio em linha com as expectativas.

Outro ponto que levanta dúvidas sobre o plano da Petrobrás é a projeção de diminuir os investimentos e a produção em 2021, como ressalta Julia Monteiro, analista da MyCap. "Na reunião, entenderemos os motivos que levaram a essa decisão, dando total destaque à redução da alavancagem e elevação de margens. Mas recebemos o plano de forma positiva e julgamos correta a estratégia de centralizar a produção e a extração nos campos do pré-sal".

Na visão de Enrico Cozzolino, da Daycoval Investimentos, o plano está condizente com a estratégia de longo prazo da Petrobrás, e levou em conta a desaceleração econômica global. "Os investimentos ficarão focados principalmente no pré-sal nos próximos anos, algo que não poderia ser diferente", afirma.

Em relação às carteiras recomendadas para a próxima semana, a Ativa fez três alterações, retirando Cosan ON, IRB ON e Raia Drogasil ON para as entradas de Locaweb ON, Magazine Luiza ON e Telefônica Brasil ON. O Santander também fez três mudanças, trocando Carrefour ON, Gerdau PN e Notre Dame ON por Bradesco PN, SulAmérica Unit e Vale ON.

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A XP foi outra que fez três trocas em sua lista, com as saídas de Iguatemi ON, Magazine Luiza ON e Movida ON para as inserções de Cia. Hering ON, Gerdau PN e Klabin Unit.

A Guide Investimentos trocou Cosan ON e PetroRio ON por Petrobrás PN e Yduqs ON. A Mirae também fez duas substituições, saindo Cosan ON e Gerdau PN e entrando JHSF ON e Magazine Luiza ON.

A MyCap retirou da lista MRV ON e Raia Drogasil ON para as entradas de Lojas Americanas PN e Movida ON. Por fim, a Terra Investimentos trocou Carrefour ON por Gerdau PN.

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