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Toron quer que o cliente deponha logo no MP

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Por Redação
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O criminalista Alberto Zacharias Toron encaminhou petição ao Ministério Público Federal colocando Luiz Sandoval à disposição dos procuradores da República que investigam o escândalo Panamericano. Toron quer que Sandoval explique pessoalmente o histórico de funcionamento da instituição e a cadeia de responsabilidades pela gestão e operações financeiras. "O dia e a hora que os procuradores marcarem, Sandoval estará presente."Além de defender Sandoval, Toron é advogado de todos os membros do Conselho de Administração do Panamericano e dos controladores - Silvio Santos e seu irmão, Henrique.Toron passou os últimos dias preparando minuciosamente a estratégia de defesa. Ele não admite envolvimento de Sandoval em transações que provocaram o rombo de R$ 2,5 bilhões no banco. Aguarda o resultado de auditoria da PriceWaterhouse. "Tudo isso vai depender agora de uma apuração mais precisa da Price", assinala Toron.Ele destaca que a contabilidade do banco tinha sido avaliada pelos representantes da Caixa Econômica Federal, que comprou uma fatia do Panamericano em 2009 - além da Caixa, os dados eram verificados pelo comitê interno do banco e pela empresa de auditoria independente, a Deloitte. "Ninguém viu nada", anota o advogado.A trajetória de Toron pesou na escolha de Sandoval. O advogado atuou nas principais causas criminais dos últimos anos. Defendeu juízes, promotores e políticos no caso Mensalão. Atuou nas grandes operações da Polícia Federal, como a Farol da Colina, Castelo de Areia, Santa Tereza, e outras. Toron tem a mesma origem de Silvio Santos. Ambos são judeus sefarditas. Suas famílias vieram da Grécia, da cidade de Salônica, grande centro judaico do século XIX. O empresário e o advogado frequentam o mesmo templo em São Paulo, a antiga Sinagoga da Abolição

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