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Trabalhadores da Eletrobrás rejeitam proposta e mantêm greve

Funcionários exigem que a empresa pague Participação por Lucros e Resultados (PLR), como ocorreu na Petrobrás; paralisação, que teve início em 1º de junho, segue por tempo indeterminado

Por Antonio Pita
Atualização:

Após assembleia na manhã desta segunda-feira, os trabalhadores da Eletrobras decidiram permanecer em greve após rejeitar a proposta apresentada pelo governo. O movimento, iniciado desde o início do mês, exige que a empresa pague Participação por Lucros e Resultados (PLR), como ocorreu na Petrobras, a despeito do prejuízo registrado no exercício de 2014. O resultado da assembleia no Rio contraria as deliberações de outras bases do Sistema Eletrobras, que engloba subsidiárias em todo o País, o que pode levar a empresa a questionar o resultado da votação.

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"Há o risco de questionamento judicial, uma vez que outras bases aprovaram a proposta. Deixamos claro que há um esgarçamento das negociações, chegou-se a um limite. A proposta apresentada pela empresa é aquém do que desejamos, mas foi uma proposta que resultou de uma discussão e trabalho conjunto. Há outras questões a discutir, como gestão financeira, uso indevido, mas sabemos a situação da empresa", afirmou o presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Empresas de Energia do Rio de Janeiro e Região (Sintergia-RJ), Jorge Luiz Vieira da Silva.

Com cerca de 18 mil trabalhadores,a base do Rio de Janeiro representa um terço de todos os trabalhadores da Eletrobras. Na assembleia, entretanto, apenas cerca de 860 trabalhadores participaram da votação, sendo 492 contrários à proposta apresentada pela empresa estatal. Na avaliação do presidente do sindicato, a tendência é que a empresa retire a proposta apresentada na última semana para pressionar os trabalhadores a retomar as atividades.

A greve teve início no dia 1º de junho, tendo como pauta a definição de uma política de pagamento de participações em lucros e resultados. Os trabalhadores exigiram que fossem pagos benefícios referentes aos resultados operacionais, como ocorreu na Petrobras. O argumento, como na petroleira, era que as metas operacionais foram alcançadas e que os prejuízos registrados em balanço teriam sido decorrentes de má gestão financeira.

A proposta apresentada pela empresa previa o pagamento de resultados para o exercício de 2014, e uma série de critérios para definir o pagamento nos próximos anos.

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