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Trabalhadores param Usina Guaíra por salários

Por RENE MOREIRA e FRANCA
Atualização:

Cerca de 500 funcionários da Usina Guaíra, no interior de São Paulo, coordenados pelo Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Fabricação do Álcool/Etanol, estão em greve desde terça-feira. Eles pedem que os 34% de remuneração variável, que recebem durante a safra, sejam incorporados ao salário.Além disso, reivindicam enquadramento salarial e plano de carreira.Segundo o presidente do sindicato da categoria, Célio Pimenta, os representantes da empresa declararam que a proposta continua a mesma: 34% na safra e entressafra e 12% para os trabalhadores diurnos, porém não incorporados ao salário.Em assembleia na manhã de sexta-feira, os trabalhadores recusaram a proposta e resolveram permanecer em greve. Os ônibus que buscam os trabalhadores para a usina chegaram vazios logo no início da manhã, mas depois os funcionários começaram a aparecer para acampar em frente à usina.Coordenados por sindicalistas, eles passaram o dia jogando dominó ou protestando. A usina não se manifestou a respeito da paralisação até o final da tarde de sexta-feira. Os trabalhadores pretendem continuar com a greve nos próximos dias até que seja oferecida uma proposta considerada satisfatória.A Usina Açucareira Guaíra foi fundada no ano de 1980, iniciando sua produção de álcool em 1982. Em 1993, passou a produzir também açúcar para o mercado interno e externo. Em 2010, ano em que completou três décadas, o grupo iniciou a cogeração de energia elétrica com bagaço. Com um total de 2.700 colaboradores, exporta para países da Europa, África, Oriente Médio além da China e Rússia. A moagem média anual é de 2,5 milhões de toneladas com uma produção de 4 milhões de sacas de açúcar e 80 milhões de litros de álcool.

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