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Trabalho informal e de baixa qualidade contribuiu para a queda do desemprego

No trimestre encerrado em outubro, a taxa de desemprego recuou para 12,2%, aponta o IBGE; mas segundo o coordenador de Trabalho e Rendimento da instituição ainda não há sinais de recuperação da carteira assinada no País

Por Daniela Amorim (Broadcast)
Atualização:

RIO - O mercado de trabalho brasileiro manteve a tendência de geração de vagas no trimestre encerrado em outubro, mas os postos de trabalho ainda são informais, de baixa qualidade, afirmou Cimar Azeredo, coordenador de Trabalho e Rendimento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

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taxa de desocupação no Brasil ficou em 12,2% no trimestre encerrado em outubro, de acordo com os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgados nesta quinta-feira, 30, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado representa um recuo de 0,6 ponto percentual em relação ao trimestre de maio a julho de 2017, quando a taxa de desemprego atingiu 12,8%. 

Não há sinal de recuperação de empregos com carteira assinada no País, aponta o IBGE Foto: Pixabay

Em apenas um trimestre, foram criados 868 mil postos de trabalho. No mesmo período, porém, foram extintas 37 mil vagas com carteira assinada no setor privado. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua).

"São postos de trabalho sobre uma plataforma informal. Isso é conhecido de crises passadas, é um primeiro momento da retomada. Então é aguardar para ver até quando essa expansão da informalidade vai se dar. Até o momento, não temos um sinal de recuperação da carteira assinada no País", disse Azeredo.

+ Será preciso contribuir 40 anos para ganhar aposentadoria integral Segundo o coordenador, a geração de vagas formais no setor privado depende ainda de uma recuperação maior da construção e da indústria, que absorvem grande contingente de trabalhadores com carteira assinada.

+ CELSO MING: A nova lei trabalhista e seus efeitos "A ideia é que dentro do setor privado, 100% dos trabalhadores tenham carteira", ressaltou Azeredo. Em três anos, o País perdeu 3,5 milhões de empregos com carteira assinada no setor privado, lembrou o pesquisador.

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