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Tractebel avalia vender energia no leilão A-0 desta semana

Por ANNA FLÁVIA ROCHAS
Atualização:

A Tractebel avalia vender energia no leilão A-0 marcado para quarta-feira, oferecendo um portfólio de eletricidade formado com outros agentes do setor elétrico, informou o diretor financeiro da companhia, Eduardo Sattamini, nesta segunda-feira. "Estamos tentando montar um composição de portfólio com outro players", disse o executivo em teleconferência com analistas. A combinação de portfólio de energia entre geradores para participação no leilão A-0 já foi apontada por analistas como uma possibilidade, já que muitas empresas sozinhas não teriam energia disponível para vender durante todo o período de contrato do leilão. A entrega deve começar em 1o de maio deste ano e terminar em 31 de dezembro de 2019. Sattamini acrescentou que a Tractebel não irá ao leilão com energia da térmica William Arjona, diante da exigência de confirmação de contrato de gás natural para o período de suprimento de energia. "Não havia tempo hábil para negociar com a Petrobras um contrato de 5 anos para que a gente pudesse oferecer para o A-0", disse ele. O leilão de energia existente A-0 é destinado à cobrir a descontratação das distribuidoras de energia no curto prazo, que chega a mais de 3,3 gigawatts (GW) médios. A descontratação no curto prazo está resultando em forte custos para as distribuidoras de energia, em momento de baixo nível dos reservatórios de hidrelétricas e em que grande parte das termelétricas que geram energia mais cara estão acionadas. Assim, o sucesso do leilão é importante para evitar que esses custos se prolonguem ao longo do ano, elevando também a necessidade de ajuda por parte do governo federal à essas concessionárias. A Tractebel divulgou na sexta-feira queda de 32 por cento no lucro do primeiro trimestre, afetada principalmente por efeitos negativos de transações no mercado de curto prazo de energia. ALTO CUSTO DE ENERGIA O atual cenário do setor elétrico brasileiro, em que reservatórios do país estão baixos e há forte acionamento térmico, tem levado ao aumento dos preços de energia negociados também para a partir de 2017, já que há maior procura por contratos de energia de longo prazo. "Hoje tem gente muito preocupada com a situação...com isso a contratação aumenta e o preço está aumentando", disse Sattamini, ao afirmar que os preços de energia para entrega em 2017 estão entre 130 e 135 reais por megawatt-hora (MWh). Já para o ano que vem, o executivo disse que o mercado não tem liquidez porque os preços estão muito elevados. Para 2016, os preços também estão inflados, "a nível bem mais alto que 130 (reais por megawatt-hora)", disse o executivo.

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