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Tragédia nos EUA define rumos dos mercados

Ainda não é possível dimensionar quais serão as conseqüências do ataque terrorista aos Estados Unidos. Os analistas temem um desaquecimento mais forte da economia norte-americana, mas todas possibilidades dependem da reação norte-americana.

Por Agencia Estado
Atualização:

Os ataques terroristas à Nova York ontem continuarão a definir a tendência para o mercado financeiro no Brasil hoje. Segundo os analistas, ainda não é possível dimensionar as conseqüências deste fato. É certo que os Estados Unidos reagirão ao ataque, mas ainda não se sabe de que forma e durante quanto tempo esta ação vai durar. Muitos analistas comentam que se a defensiva norte-americana for dirigida a um grupo extremista, as conseqüências para a economia mundial e para os mercados será menor. Caso a reação seja voltada para um país, o problema pode se aprofundar, ainda mais se atingir países produtores de petróleo. Neste caso, o preço do petróleo pode subir com força, o que terá impacto para o ritmo econômico mundial. Ontem, em Londres, os contratos de petróleo cru do tipo Brent superaram os US$ 30 por barril e os negócios foram interrompidos. Nesta manhã, às 9h03 (horário de Brasília), o barril estava cotado a US$ 28,59. A Bolsa Internacional de Petróleo já informou que antecipará o fechamento dos negócios para as 13h45. No Japão, a Bolsa encerrou suas operações e chegou ao patamar mais baixo em 18 anos, em 9.610,10 pontos, com queda de 6,6%. As Bolsas européias funcionam normalmente hoje. Na Argentina, não haverá negócios no mercado de ações, assim como no mercado acionário norte-americano. Mercado norte-americano A tragédia de ontem deve desvalorizar fortemente, nas Bolsas de Nova York, o preço das ações de instituições financeiras, companhias aéreas e de empresas seguradoras, principalmente. No caso das seguradoras, o ataque ao World Trade Center deve gerar o maior prejuízo para o setor, já que serão gastos milhões de dólares com o pagamento apólices de seguro. Para a economia norte-americana, que já vinha em forte desaquecimento, a tragédia pode desacelerar ainda mais o ritmo da atividade econômica. O índice de confiança do consumidor pode recuar, o que sinalizaria uma redução no consumo norte-americano ? responsável por dois terços da economia do país. Mas, em uma situação de guerra, a tendência é de aquecimento econômico. De qualquer forma, traçar perspectivas neste momento é inviável, segundo os analistas (veja mais informações no link abaixo). O Banco Central dos Estados Unidos (Fed) deve reunir-se no dia 2 de outubro e a expectativa é de mais um corte nos juros, dessa vez, de 0,5 ponto porcentual. Hoje a taxa está em 3,5% ao ano. Na última reunião, a redução dos juros foi de 0,25 ponto porcentual. Veja como estão os negócios no Brasil O dólar comercial está cotado a R$ 2,6630 na ponta de venda dos negócios, com alta de 0,11% em relação aos últimos negócios de ontem. A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) opera com alta de 2,35%. Os contratos de juros de DI a termo ? que indicam a taxa prefixada para títulos com período de um ano ? pagam juros de 23,650% ao ano, frente a 23,750% ao ano ontem. Não deixe de ver no link abaixo as dicas de investimento, com as recomendações das principais instituições financeiras, incluindo indicações de carteira para as suas aplicações, de acordo com o perfil do investidor e prazo da aplicação. Confira ainda a tabela resumo financeiro com os principais dados do mercado.

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