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Transportes serão prejudicados por apagão

Se as companhias de trem, metrô, ônibus e trólebus forem afetadas pelo racionamento de energia, cerca de 3,4 milhões de pessoas que utilizam o transporte público em São Paulo serão prejudicadas.

Por Agencia Estado
Atualização:

Cortes de energia para trens metropolitanos e metrô deixarão o transporte público em São Paulo impraticável. A previsão é dos técnicos das empresas estaduais que gerenciam os dois sistemas. Cerca de 3,4 milhões de pessoas podem ser prejudicadas em caso de apagão total, sem contar as linhas de trólebus da capital, que atendem diariamente cerca de 230 mil usuários. Os ônibus a diesel da cidade (10.300) são insuficientes para atender à demanda. A São Paulo Transporte (SPTrans), que gerencia os ônibus da capital, promete divulgar amanhã um plano para coordenar o sistema durante os apagões. Mesmo que haja ônibus, haverá pouco espaço para circular, já que, nos apagões, as principais vias terão seus acessos fechados para que os técnicos da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) possam ter controle sobre o trânsito. A falta de informações sobre a dimensão dos cortes complica ainda mais o planejamento de ações, segundo técnicos. "Só esperamos o governo divulgar como vão ser os cortes para iniciarmos um planejamento", disse o gerente de Operações das linhas E e F da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), Silas dos Santos Lima. Em caso de corte parcial, ele garante que há como manter trens em circulação, mas em menor quantidade. "Se for total, vai sobrar para os ônibus. A situação será difícil." A CPTM só tem geradores para as luzes das estações. Metrô Apesar da ameça de apagão, o gerente de Operações da Companhia do Metropolitano de São Paulo, Conrado Grava de Souza, está otimista quanto à situação do metrô. "Não acredito que haja corte de fornecimento em nosso caso, porque estamos enquadrados na situação de alto risco", disse Souza. O metrô só tem capacidade de rodar se pelo menos cinco de suas sete subestações de energia estiverem em funcionamento. Em caso de mais cortes, o sistema pára. Há geradores para manter luzes de túneis e estações. Mesmo otimista, a empresa está realizando treinamento de pessoal para casos de apagão. "Há condições de retirar as pessoas dos trens e levá-las para as estações", disse o gerente de Operações. Nesse caso, o dinheiro da passagem pode ser devolvido ao usuário. Aeroportos A Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero) e o Departamento Aeroviário do Estado (Daesp) garantem que, mesmo em caso de apagão, não faltará energia nos principais aeroportos em São Paulo. Como há geradores de energia, a operação deve ser normal no período de racionamento.

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