Publicidade

Trem-bala custará no máximo R$ 0,60 por quilômetro

Pelo menos 60% dos lugares será destinado para a classe econômica; executiva pagará 75% a mais

Por Michelly Chaves Teixeira
Atualização:

O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, informou nesta quinta-feira, 3, que o preço-teto para a classe econômica do Trem de Alta Velocidade (TAV) será de R$ 0,60 por quilômetro, independentemente do destino e do horário. O assento na classe executiva do trem-bala, que interligará São Paulo, Rio de Janeiro e Campinas, deverá ser, no máximo, 75% mais caro. Conforme a modelagem econômico-financeira para o TAV apresentada hoje pelo presidente do BNDES, pelo menos 60% dos lugares em cada composição do trem deverão pertencer à classe econômica.

 

Na modelagem, já publicada no site www.tavbrasil.gov.br, consta uma tarifa de R$ 200,00, na classe econômica e em horários de pico, para ligar São Paulo e Rio de Janeiro. Fora dos horários mais disputados, o preço cairia para R$ 150,00. A tarifa no trem-bala para viagens entre São Paulo e Campinas seria de R$ 31,20.Ao ser indagado se este valor não seria muito alto, dado que há tarifas de pouco mais de R$ 100,00 na ponte aérea, Coutinho afirmou que "as tarifas de cento e poucos reais" praticadas por companhias aéreas não seriam sustentáveis. Ele observou, também, que a competição entre diferentes tipos de transporte forçará os preços para baixo naturalmente.No seminário TAV Brasil, promovido hoje pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Coutinho também informou que a licitação se dará na modalidade leilão, a ser realizado na BM&FBovespa, ganhando aquele que oferecer o maior valor de capital próprio para aplicar no projeto. A construção do trem-bala contará com forte apoio do governo, que destinará perto de R$ 21 bilhões em financiamentos via BNDES, injetará R$ 1,13 bilhão no capital da empresa que será criada para operar o sistema ferroviário, dará isenções fiscais e assumirá todas as despesas com desapropriação.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.