08 de novembro de 2017 | 17h47
O conselho de supervisão da Apimec, entidade que regula a atividade de analistas e profissionais de investimentos, suspendeu o credenciamento de três analistas da corretora Empiricus, entre eles, Felipe Miranda, sócio-fundador e o principal nome da empresa. Felipe Miranda participa dos programas Palavra do Estrategista e Carteira Empiricus.
Do dia 16 de novembro até 15 de dezembro, Miranda, Gabriel Casonato e Bruce Barbosa ficam impedidos de assinar relatórios de análise, e-mails marketing ou qualquer outra comunicação relativa a valores mobiliários.
De acordo com o julgamento feito pela Apimec no dia 16 de outubro, os analistas assinaram e-mails marketing que “asseguravam potencial ‘garantia de retorno’ para futuros investimentos”, o que é proibido. Segundo o documento, as publicações induziam o investidor a interpretações equivocadas em relação ao retorno dos investimentos e caracterizavam propaganda enganosa.
Ainda segundo o conselho da entidade, o alerta contido nos e-mails era insuficiente para prevenir os investidores dos riscos reais sobre as estratégias descritas.
As publicações da Empiricus contidas no relatório da Apimec traziam títulos como "Double X, uma maneira totalmente inovadora de ter lucro potencial 995,1 por cento em 12 meses"; "A ESTRATÉGIA CAPAZ DE TRANSFORMAR 1.500 EM MAIS DE R$ 227.000 EM APENAS UM MÊS, e, "A NOVA oportunidade de uma Vida".
Procurada, a Empiricus disse que não concorda e vai recorrer da decisão.
No início do ano, Felipe Miranda se envolveu em uma confusão com Tiago Reis, da Suno Research, durante evento do Credit Suisse por divergências quanto a metodologias e propagandas em relação a investimentos. Os analistas trocavam farpas pelas redes sociais porque Reis questionava os ganhos prometidos pela Empiricus em seus relatórios.Na época, Miranda não quis se pronunciar.
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