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Três parlamentos vão votar em acordo sobre dívida grega

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Por Redação
Atualização:

Três parlamentos nacionais entre as 17 nações que compõem a zona do euro terão de realizar votações para aprovar um acordo entre credores internacionais sobre a redução dos encargos da dívida da Grécia, mostra um levantamento da Reuters. A Bundestag, Câmara Baixa do Parlamento alemão, debaterá o tema e votará na quinta-feira ou na sexta-feira o acordo, que foi alcançado nesta terça-feira (horário local) estipulando corte de juros, ampliação do prazo de empréstimos de 15 anos para 30 e oferecendo à Grécia folga de 10 anos no pagamento de juros. O pacote também envolve uma recompra pelo governo grego de seus próprios bônus das mãos de investidores privados a preços reduzidos. Além disso, os lucros registrados por bancos centrais nacionais devido a compras de dívida grega pelo Banco Central Europeu (BCE) serão revertidos para a Grécia. O pacote certamente será aprovado porque a oposição apoia auxílio à Grécia, assim como a maioria dos membros da coalizão de centro-direita de Angela Merkel. No entanto, alguns conservadores mostraram-se preocupados com a possibilidade de uma baixa contábil no valor da dívida no futuro. O Parlamento holandês também precisa aprovar o acordo, mas não se espera problemas já que a nova coalizão pró-europeia de liberais de centro-direita e do partido trabalhista de centro-esquerda apoia o resgate grego. Na Finlândia, onde parlamentares anteriormente estabeleceram condições rígidas para a aprovação do pacote exigindo garantias aos empréstimos à Grécia, o Grande Comitê do parlamento concedeu à ministra das Finanças, Jutta Urpilainen, um mandato de negociação e ela o consultou em busca de adições durante a noite, antes de aceitar. O Parlamento francês também terá de aprovar o acordo, mas o fará como parte da votação do orçamento para 2013, ou um orçamento suplementar para 2012, e o Partido Socialista, do presidente François Hollande, tem uma maioria geral na Assembleia Nacional. Em outros países da zona do euro, incluindo a Eslováquia, que atrasou o primeiro resgate internacional para a Grécia há dois anos, não é necessária uma votação parlamentar pelo resgate. (Reportagem de redações da Reuters)

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