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Treze cidades registram alta no preço da cesta em fevereiro

Por Agencia Estado
Atualização:

Em fevereiro, 13 das 16 capitais onde o Dieese - Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos - realiza mensalmente a Pesquisa Nacional da Cesta Básica registraram elevação no custo dos gêneros alimentícios essenciais. A região geográfica onde a cidade está localizada não foi determinante para o comportamento dos preços, tanto que as maiores altas ocorreram em Salvador (4,61%), Porto Alegre (4,01%), Vitória (3,63%), Aracaju (3,43%) e Rio de Janeiro (3,02%). As três localidades onde houve queda no preço foram Fortaleza (-0,23%), Brasília (-0,30%) e Recife (-1,15%). Os maiores valores para o conjunto de produtos de primeira necessidade foram apurados em Porto Alegre (R$ 175,57), São Paulo (R$ 175,04) e Brasília (R$ 170,10), capitais onde a cesta básica conta com treze itens. Os menores custos verificaram-se em localidades do Nordeste Fortaleza (R$ 124,91), Recife (R$ 130,79) e Salvador (R$ 133,74), onde a cesta conforme definida no Decreto Lei 399, de abril de 1938 - conta com doze itens. Utilizando o maior valor apurado para a cesta básica (de R$ 175,57) e levando em consideração o preceito constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para a manutenção de um trabalhador e de sua família, suprindo suas despesas com alimentação, moradia, educação, vestuário, transportes, saúde, higiene, lazer e previdência social, o Dieese estima, mensalmente, o valor do salário mínimo necessário. Em fevereiro, este valor deveria ser de R$ 1.474,96. Ou seja, 5,67 vezes o mínimo vigente, de R$ 260,00. Em janeiro, o Dieese estimava que o menor salário pago deveria corresponder a R$ 1.452,28 (5,59 vezes o mínimo em vigor) e em fevereiro de 2004, o salário mínimo necessário ficava em R$ 1.422,46, o que correspondia a 5,93 vezes o piso de então (R$ 240,00). Cesta x trabalho Com a elevação do custo da cesta básica na maior parte das cidades pesquisadas, aumentou, em fevereiro, para 128 horas e 50 minutos, a jornada necessária, na média das dezesseis capitais, para que um trabalhador que ganha salário mínimo possa adquirir o conjunto de gêneros de primeira necessidade. Em janeiro, a mesma aquisição exigia uma jornada de 126 horas e 35 minutos. Há um ano, porém, o tempo de trabalho necessário era superior, e chegava a 138 horas e 31 minutos. A mesma situação pode ser verificada quando se considera o percentual do salário mínimo líquido (após a dedução da parcela referente à previdência) comprometido com a compra dos gêneros essenciais. Em fevereiro, esta compra necessitava 63,42%, do rendimento líquido, enquanto em janeiro exigia 62,31% e em fevereiro de 2004 comprometia 68,18%.

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