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Tribunal em Tóquio aprova libertação de Ghosn sob fiança

Preso em novembro, ex-presidente da Nissan chegou a ser solto, mas tinha voltado à prisão após novas acusações

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Por Redação
Atualização:

TÓQUIO - Um tribunal em Tóquio aprovou nesta quinta-feira, 25, a libertação do executivo brasileiro Carlos Ghosn sob fiança. O valor foi fixado em 500 milhões de ienes, o equivalente a R$ 18 milhões. A promotoria ainda pode contestar a decisão.

Ghosn, ex-presidente da Renault e da Nissan, foi preso em novembro, solto sob fiança em março e detido novamente no início de abril. Ele é acusado de diversos crimes financeiros, dos quais se diz inocente.

Carlos Ghosn enfrenta acusações criminais no Japão por não reportar cerca de US$ 82 milhões em salário da Nissan Foto: Issei Kato / Reuters

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No início do mês, o executivo brasileiro divulgou mensagem em vídeo alegando sua inocência e afirmando que suas ações foram “distorcidas” para que ele parecesse ganancioso.

O ex-presidente da Nissan e da Renault pretendia falar “toda a verdade” em coletiva de imprensa no dia 11, mas sua nova prisão em Tóquio, na semana anterior, impediu seus planos.

Segundo Ghosn, sua prisão ocorreu por conta de um complô de executivos da Nissan que temiam uma possível fusão da montadora japonesa com a Renault. No vídeo, ele afirma que esses executivos fizeram um “jogo muito sujo.

A Nissan respondeu, na ocasião, que Ghosn era o único responsável por sua prisão.

Ghosn é acusado de uma série de irregularidades, incluindo a de ter declarado, por vários anos, renda menor do que recebia na Nissan.

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Balanço. Ainda ontem a montadora anunciou um lucro líquido de 319 bilhões de ienes (o equivalente 2,545 bilhões de euros) no último exercício fiscal. O resultado representa uma queda de 22,2% em relação ao período anterior. A montadora revisou para baixo o lucro estimado no período que vai de abril de 2018 a março deste ano. O motivo informado foi “impacto de temas corporativos”. Apesar de a Nissan não ter informado quais fatores ajudaram na queda do lucro, o período coincide com a prisão de Ghosn. / DOW JONES NEWSWIRES E ASSOCIATED PRESS

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