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Trichet afirma que BCE já havia agido para dar segurança

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Por Rolf Kuntz
Atualização:

O presidente do Banco Central Europeu (BCE), Jean-Claude Trichet, reafirmou hoje o compromisso de combater a inflação e justificou mais uma vez a decisão de manter em 4% ao ano a taxa básica de juros da zona do euro, anunciada na semana passada. O BCE, segundo Trichet, fez o que devia para proporcionar segurança numa fase de turbulência. Em primeiro lugar, manter bem ancorada a expectativa de inflação. Isso foi feito com a manutenção dos juros. Em segundo lugar, oferecer a liquidez necessária, por meio de leilões de dinheiro, para garantir o funcionamento do mercado monetário. Trichet foi criticado por não ter seguido o Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos, que nesta semana, antes da reunião mensal de seu Comitê de Mercado Aberto (na próxima semana), cortou os juros básicos de forma emergencial. Chegou a haver rumores de que o BCE acabaria afrouxando sua política. Trichet participou hoje, no fim da tarde, de uma sessão do Fórum Econômico Mundial, em Davos (Suíça). Além de justificar e reafirmar a política do BCE, defendeu a regulamentação do mercado financeiro, contra a opinião de banqueiros privados também presentes na sessão. Se o acordo de Basiléia II tivesse sido implementado com maior presteza na Europa e nos Estados Unidos, disse Trichet, "parte das dificuldades atuais teria sido provavelmente evitada". Basiléia II, negociado no âmbito do Banco de Compensações Internacionais (BIS, na sigla em inglês), é mais severo que o acordo de Basiléia I quanto a normas de segurança e de transparência para o setor bancário.

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