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Trigo contaminado da Ucrânia fica nos navios

Por Agencia Estado
Atualização:

O diretor do Departamento de Defesa e Inspeção Vegetal do Ministério da Agricultura, Odilson Ribeiro, disse, nesta segunda-feira, que o trigo importado por indústrias brasileiras da Ucrânia, contaminado pelo fungo Alternaria triticina, só será liberado se os testes laboratoriais a serem feitos, depois da pulverização com o agrotóxico brometo de metila, indicarem resultado negativo. As 82 mil toneladas de trigo estão estocadas em cinco navios que se encontram atracados nos portos de Fortaleza (CE) e Salvador (BA). As declarações do diretor do DDIV do Ministério foram feitas em função de afirmação de especialistas do setor, segundo os quais a pulverização com o agrotóxico brometo de metila não é suficiente para matar a praga, inexistente no Brasil. Odilson Ribeiro disse que o brometo de metila é o único produto usado mundialmente como alternativa para combater esse tipo de fungo. Mas ressaltou que o teste fitossanitário é que irá dizer se o produto poderá ou não ser liberado para consumo industrial. A fumigação com brometo de metila, seguida da realização de teste fitossanitário, foi recomendada pela Câmara Técnica de Assessoramento em Agrotóxico, formada por técnicos da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), do Ministério da Saúde; Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama); do Ministério do Meio Ambiente, e pelo Ministério da Agricultura, no último dia dois, depois que a praga foi detectada em uma das partidas de trigo importadas da Ucrânia. Usualmente, a recomendação do Ministério da Agricultura é para que a carga contendo esse tipo de fungo seja rechaçada ou destruída. Mas os técnicos resolveram fazer uma tentativa com o tratamento devido à necessidade das indústrias de importar o trigo e pelo fato de o produto ter ingressado no Brasil pelo Nordeste ? longe da zona de produção que fica no Sul - o que afasta a possibilidade de contaminação, segundo afirmou na semana passada o diretor-adjunto do DDIV, Oscar de Aguiar Rosa. Na ocasião, o Ministério da Agricultura também proibiu o ingresso no País de cargas de trigo embarcadas na Ucrânia depois do dia três deste mês e determinou a exigência de análise de risco para qualquer importação feita depois desse dia.

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