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Troster mantém críticas ao governo sobre spread

O ex-economista-chefe da Federação Brasileira de Bancos disse que deixou a entidade em "clima de amizade" e que pode voltar como consultor

Por Agencia Estado
Atualização:

O ex-economista-chefe da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Roberto Troster disse nesta terça-feira à Agência Estado que deixou a entidade em "clima de amizade" e que pode, inclusive, voltar a trabalhar para a associação dos banqueiros como consultor. "Nada impede que isso ocorra. Até porque saí com muita tranqüilidade e mantendo um relacionamento ótimo com todos os membros da Febraban", afirmou. Troster deixou o cargo na segunda-feira, pouco mais de uma semana após ter concedido uma entrevista para a Agência Estado, na qual criticou duramente a medida provisória para reduzir o spread bancário, anunciada um dia antes pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega. As declarações do economista levaram a Febraban a desautorizá-lo publicamente para contornar o mal-estar que teria se instalado entre a diretoria da entidade e o ministério. Apesar de ter deixado a Febraban por conta das críticas feitas à chamada MP do Spread, Troster continua sustentando que a medida proposta pelo governo terá um impacto "apenas marginal" e que qualquer redução significativa dos juros bancários só ocorrerá com a diminuição dos depósitos compulsórios e com a eliminação dos impostos. "Não faz sentido termos um imposto como o IOF incidindo sobre o crédito. Assim como não é necessário um recolhimento tão alto de compulsórios, como há hoje no País", diz. Para Troster, portanto, "só haverá um impacto relevante nas taxas quando se atuar nas questões da tributação e do compulsório, pois ambos representam um custo muito alto."

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