PUBLICIDADE

TST discute hoje greve dos bancários com a Fenaban

Por Agencia Estado
Atualização:

O presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST), ministro Vantuil Abdala, se reúne em Brasília hoje com o presidente da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), Márcio Cipriano, numa tentativa de convencer o setor financeiro a reabrir negociações salariais com os bancários em greve. A greve dos bancários entra hoje no 17º dia. Por ora, a intervenção do TST é informal e política, mas, se o diálogo não prosperar, poderá transformar-se em ação institucional, inclusive arbitrando o reajuste da categoria. Na próxima segunda-feira, Abdala tentará intermediar informalmente uma reunião de conciliação entre a Fenaban e o Comando Nacional de Greve dos bancários. O encontro e iniciativa do presidente do TST, de se oferecer como mediador informal das negociações, agradou aos líderes sindicais e foi interpretada por eles como um sinal de que, caso os banqueiros rejeitem o diálogo e o tribunal seja obrigado a se manifestar, o fará em favor dos bancários. Decisão em São Paulo Em São Paulo, o TRT-SP deve divulgar a decisão da juíza Maria Aparecida Duenhas sobre o recurso apresentado ontem pelo Sindicato dos Bancários para tentar cassar uma liminar do próprio TRT que determinou a abertura de todas as agencias bancárias em greve e a limitação dos bancários em greve a 40% do total. Pagamento de aposentados Os problemas causados pela greve nacional dos bancários podem crescer a partir de hoje, quando os aposentados e pensionistas com número de benefício final 1 e 6 começam a receber. Em todo o País, 22,8 milhões de beneficiários passarão pelos bancos nos próximos cinco dias úteis. Em São Paulo, são 5 milhões. O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) divulgou que 376.973 pessoas poderão ter problemas para receber o benefício. Este é o grupo incluído no sistema a partir de outubro e que ainda não dispõe do cartão para o saque no caixa eletrônico. A Federação dos Aposentados do Estado de São Paulo chegou a fazer um apelo aos grevistas para que suspendessem a greve durante os dias de pagamento.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.