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TST limita greve a 20% dos aeroportuários

Sindicato das empresas aéreas eleva proposta de reajuste para 6,5%; trabalhadores decidem hoje em assembleias se aceitam a oferta

Por MARIÂNGELA GALLUCCI e BRASÍLIA
Atualização:

O Tribunal Superior do Trabalho (TST) praticamente enterrou a possibilidade de os trabalhadores do setor aéreo pararem os aeroportos do País a partir da noite de hoje. O presidente do tribunal, João Oreste Dalazen, determinou ontem que pelos menos 80% dos aeronautas e aeroviários trabalhem nas vésperas do Natal e Ano-Novo. Se a ordem não for cumprida, os sindicatos das duas categorias poderão pagar multa diária de R$ 100 mil.No início desta semana, os trabalhadores protocolaram no TST um aviso formal de greve, prevista para iniciar hoje, depois do fracasso das negociações com representantes das companhias aéreas sobre o reajuste salarial. Na quarta-feira, sindicatos do município do Rio de Janeiro e do Estado do Amazonas, ligados à Força Sindical, firmaram um compromisso com as empresas aéreas aceitando a proposta de reajuste apresentada - um aumento de 6,17%.Ontem o Sindicato Nacional das Empresas Aéreas (Snea) concordou em dar um aumento de 6,5%, além de manter o que já havia sido acordado, de ganho de 10% nos pisos salariais, nos tíquetes-alimentação e nas cestas básicas, além de novo piso salarial para operadores de transporte. A reivindicação dos trabalhadores era de um reajuste de 7%. O presidente da Federação Nacional dos Trabalhadores em Aviação Civil (Fentac), Celso Klafke, disse à Agência Brasil que o novo índice será apresentado hoje aos trabalhadores em assembleias, quando também será discutida a decisão do TST.O porcentual mínimo de 80% dos trabalhadores nos aeroportos terá de ser cumprido nos dias 23, 24, 29, 30 e 31 de dezembro, de acordo com a decisão do presidente do TST, que atendeu a um pedido do Snea. Após o feriado de Ano-Novo, pelo menos 60% dos funcionários terão de trabalhar, caso a greve seja efetivamente iniciada."Ao disciplinar o exercício do direito de greve, a lei reputa absolutamente essencial à população a atividade prestada pela categoria profissional dos aeronautas e aeroviários", disse Dalazen em sua decisão. "É compreensível e respeitável a reivindicação das categorias profissionais, mas a população brasileira não pode ser prejudicada pela carência de um serviço público essencial", acrescentou.Semelhança. A decisão de Dalazen é idêntica à tomada pelo TST no ano passado. Os sindicatos haviam prometido uma greve para o dia 23 de dezembro de 2010, mas resolveram abortar o movimento depois que o tribunal determinou às entidades que deveria ser mantido um mínimo de 80% de operação.Na reunião de segunda-feira no TST, a vice-presidente do tribunal, Maria Cristina Peduzzi, classificou como "lamentável" a ausência de acordo entre as companhias aéreas e os funcionários. A ministra Maria Cristina Peduzzi deixou claro que era frustrante não chegar a um bom termo por uma diferença tão pequena no porcentual de reajuste dos salários. / COLABOROU MONICA CIARELLI, DO RIO. COM INFORMAÇÕES DA AGËNCIA BRASIL,

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