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Turismo terá reajuste de 9,9% este ano, prevê ministério

O levantamento, feito com as 80 maiores empresas do setor, também indica que as contratações deverão crescer 13,6% em 2006

Por Agencia Estado
Atualização:

O setor de turismo, incluindo companhias aéreas, hotéis, locadoras de automóveis e agências de viagens, entre outros, planeja fazer um reajuste médio de preços de 9,9% este ano. A estimativa foi divulgada, nesta sexta-feira, pelo ministro do Turismo, Walfrido dos Mares Guia, e faz parte da Pesquisa Anual de Conjuntura Econômica do Turismo. O levantamento, feito com as 80 maiores empresas do setor, também indica que as contratações deverão crescer 13,6% em 2006, índice em relação ao aumento de 14,3% no número de novas vagas criadas em 2005. Já os custos das companhias do segmento deverão subir 6,2% e o faturamento 14,7%, abaixo da expansão de 17,3% da receita de 2005. "Só em janeiro foram criados 66 mil empregos com carteira assinada. Destes, 40 mil foram do setor de serviços, sendo que 21 mil vagas foram criadas pelo turismo", diz Mares Guia. As empresas que participaram da pesquisa, elaborada pela Escola Brasileira de Administração Pública e Empresas (Ebape), da FGV, tiveram faturamento de R$ 25,5 bilhões em 2005, ou o equivalente a 1,5% do PIB nacional, e empregavam 67,1 mil pessoas em dezembro do ano passado. Vôos internacionais Mares Guia revelou ainda que estão em curso negociações para aumentar o número de vôos internacionais no País. Além de aumentar a integração com os países da América Latina, o objetivo é expandir a freqüência de vôos vindos da Europa. Com o empenho, contou Mares Guia, serão trazidos 7 milhões de turistas estrangeiros ao País. Para isso, serão investidos US$ 60 milhões em promoções de destinos turísticos brasileiros lá fora. "Se o crescimento dos vôos internacionais não acontecer com certa velocidade, a meta de trazer 7 milhões de turistas pode ser reduzida em até 500 mil pessoas", afirmou. É por isso que ele também revelou que já teve início as conversações para ampliar os acordos bilaterais do Brasil com os países latino-americanos e europeus. Esses acordos, que são fechados com cada país, estipulam um limite de vôos que podem ser realizados por companhias aéreas internacionais no País e vice-versa. No entanto, em muitos casos a cota das empresas estrangeiras já está esgotada. Mares Guia defendeu a posição do presidente da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Milton Zuanazzi, que será empossado segunda-feira, de abrir o mercado doméstico de aviação para as companhias estrangeiras, o que foi duramente criticado pelas companhias brasileiras. "Sou favorável à competição organizada. Não sou favorável à depredação da competição. O presidente da Anac defendeu isso. Em hipótese alguma queremos enfraquecer as empresas brasileiras. Pelo contrário", afirmou. Este texto foi atualizado às 15h30.

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