PUBLICIDADE

Publicidade

Turistas mudam planos e passam férias no Brasil

Abav-SP estima queda de 15% no movimento de brasileiros nas viagens internacionais

Por Agencia Estado
Atualização:

A disparada do dólar mudou os planos de quem pretendia viajar para o exterior. A Associação Brasileira de Viagens de São Paulo (Abav-SP) estima que o movimento de turistas brasileiros nas viagens internacionais caiu 15% nestas férias de julho, se comparado ao mesmo período do ano passado. De acordo com o presidente da Abav-SP, Amauri Caldeira, boa parte desses turistas mudou de planos ou reduziu significativamente sua expectativa de gastos lá fora. "Muitos deles devem ter decidido viajar dentro do País ou adiar a viagem internacional até o câmbio melhorar", observa Caldeira. Sua estimativa levou em conta as viagens de negócios e de intercâmbio, que segundo ele não sofreram retrações significativas. Isso indica que a queda nas viagens de lazer esteja bem acima dos 15%. Para o presidente da Abav-SP, a decisão de trocar as viagens internacionais por domésticas não se deveu somente à expectativa de aumento de gastos em reais com passagens aéreas e fatura do cartão de crédito. "O Brasil está apresentando cada vez mais atrações de turismo, e houve também uma melhora significativa nas condições de infra-estrutura, principalmente nos aeroportos. Além disso, o medo de ataques terroristas ainda pesa na hora de decidir viajar para fora do País". No primeiro semestre, o número de passageiros transportados pelas companhias aéreas nas linhas internacionais teve queda de 5% em relação a igual período de 2001, segundo o Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (Snea). No mês passado, a queda chegou a 8,5% na comparação com julho de 2001. Já a demanda por viagens aéreas domésticas cresceu 11,3% em julho e acumulou alta de 5,9% no semestre. As estatísticas do Snea indicam que as companhias se adaptaram ao novo perfil do turista brasileiro: enquanto a oferta de assentos para vôos domésticos cresceu 3,1% no primeiro semestre, as rotas internacionais registraram queda de 7,9%.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.