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TV por assinatura cresce

Operadoras de televisão por assinatura conquistaram pelo 300 mil clientes com os pacotes de canais mais baratos. O número corresponde a 10% do total de clientes. O presidente da Anatel, Renato Guerreiro, considera esse crescimento muito modesto.

Por Agencia Estado
Atualização:

O presidente da Associação Brasileira de Telecomunicações por Assinatura (ABTA), Moysés Pluciennick, disse que as operadoras de televisão por assinatura conquistaram pelo menos 300 mil novos clientes com os pacotes de canais mais baratos - entre R$ 24 e R$ 26 mensais - lançados este ano. O número corresponde a cerca de 10% do universo total de clientes do setor atualmente, que é de 3 milhões. Até o final do ano, o total de assinantes deve chegar a 3,5 milhões, um incremento de 20% em relação ao ano passado. Para Pluciennick, esse crescimento é uma boa notícia para o mercado, que ficou quase 10 anos sem novas concessões de operação para TV pagas. "Nos últimos dois anos houve a entrega de 600 novas operações, que vão possibilitar o desenvolvimento desta indústria, que já investiu US$ 3 bilhões em infra-estrutura de ponta", calcula o presidente da ABTA. Segundo ele, o faturamento do setor este ano será de US$ 2,9 bilhões. Pluciennick acredita que até 2005 o número de assinantes deve dobrar no País. Anatel diz que crescimento é modesto Já o presidente da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), Renato Guerreiro, acredita que a estimativa de atingir 7 milhões de assinantes dentro de cinco anos é muito modesta. "Com os números anunciados de crescimento de renda e da economia, o total de assinantes pode se aproximar dos 16 milhões", disse Guerreiro. Segundo ele, é preciso pensar na expansão da televisão paga com o mesmo conceito de universilidade empregado no setor de telefonia - pelo qual as empresas telefônicas são obrigadas a levar infra-estrutura de comunicação às cidades com menor poder aquisitivo. Guerreiro explicou ainda que a agência encomendou um estudo para redesenhar o modelo regulatório de comunicações no País com o objetivo de monitorar também a expansão dos demais serviços do mundo das telecomunicações, como Internet e televisão por assinatura. Segundo Guerreiro, a idéia da agência é redefinir o que é serviço básico e regular, além da infra-estrutura para a expansão de todos os serviços. Mas um dos principais desafios da Anatel atualmente é fazer valer as regras de partilha de redes para a utilização de diversos serviços. Segundo o conselheiro da ABTA, Alexandre Annemberg, hoje as telefônicas cobram cerca de R$ 3 mensais por poste, quando os preços no exterior não passam de R$ 0,50.

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