PUBLICIDADE

Publicidade

TVs superfinas chegam ao mercado

Novidade contribui para reduzir o consumo de energia e melhora a qualidade da imagem dos aparelhos

Por Renato Cruz
Atualização:

As transmissões de alta definição começaram em dezembro de 2007 no Brasil, com a estreia da TV digital. De lá para cá, o mercado de aparelhos de tela plana, com tecnologia de LCD (cristal líquido) ou plasma, cresceu muito, correspondendo atualmente à metade das vendas da indústria no País. Mas, para quem acha que isso é o que há de mais avançado, começam a ser lançados por aqui televisores de telas superfinas, com tecnologia de LED (sigla que significa, em português, diodo emissor de luz), melhor definição de cores e consumo reduzido de energia. E isso é só o começo. Outras tecnologias como o Oled (diodo orgânico emissor de luz) e o laser, a superalta definição e a televisão tridimensional prometem chegar ao mercado nos próximos anos, numa evolução da velha TV, cujo único limite parece ser o bolso do consumidor. "Nós costumávamos falar que, no futuro, a TV seria tão fina que iria parecer um quadro na parede", afirmou o jornalista Ethevaldo Siqueira, na sexta-feira, durante o evento O Futuro Agora, da Telequest. "O futuro já chegou", disse. Empresas como a Samsung e a Sony já oferecem televisores de LED no Brasil. Esses aparelhos possuem mais de uma centena de LEDs em suas bordas, que enviam luz à tela, dispensando a iluminação traseira das TVs convencionais de LCD e trazendo uma qualidade melhor das cores. Segundo a Samsung, o consumo de energia da TV de LED é 40% menor, em média. Um modelo top de linha da empresa, com 55 polegadas e três centímetros de espessura, custa R$ 16 mil. O aparelho é produzido na Zona Franca de Manaus e vem com receptor de TV digital aberta, dispensando o conversor. Tem acesso à internet e aos arquivos de som, imagem e vídeo armazenados no computador, via rede sem fio. A Sony tem um modelo de 40 polegadas com menos de um centímetro de espessura, que sai por R$ 23,4 mil. A tecnologia Oled ainda está restrita a telas pequenas. Também com essa tecnologia, a Sony dispõe de um modelo de 11 polegadas, que vende nos Estados Unidos por US$ 2,5 mil, com uma tela de somente três milímetros de espessura. Nas lojas Sony Style do Brasil, o equipamento está disponível somente para demonstração. O televisor de Oled também dispensa a iluminação traseira, pois capta a luz do ambiente. Com uma qualidade melhor de cor e contraste, o Oled criou uma nova categoria de televisores, com tela ultrafina. A tecnologia já é usada também em telas de celulares e outros dispositivos móveis. A TV de alta definição de hoje tem uma resolução de dois megapixels, o que quer dizer que a imagem é formada por dois milhões de pontos. Com o aumento das telas, os televisores do futuro terão resoluções ainda maiores, como 8, 16 ou 32 megapixels, no que está sendo chamado de superalta definição, ou Super HDTV. Essa tecnologia não deve ser usada, pelo menos num primeiro momento, na sala de estar das residências, mas em eventos públicos, onde grandes telas curvas darão aos espectadores uma sensação forte de realismo. IMAGENS TRIDIMENSIONAIS Outra tendência importante da TV do futuro são as imagens tridimensionais. Os estúdios de Hollywood têm apostado forte na produção de filmes em 3D, até como uma forma de combater a pirataria e incentivar o pública a comparecer às salas de exibição. Em breve, essa tecnologia estará disponível também para as residências. É só uma questão de tempo, para que os preços dos televisores caiam e cresça a biblioteca de audiovisual em três dimensões. A maioria das soluções ainda exige óculos. O iPhone criou, com sua tela multitoque, um novo conceito de interface para os eletrônicos. Os comandos baseados em movimento também estão chegando à televisão. Como as pessoas não parecem estar muito dispostas a se levantar do sofá para tocar na tela da TV, a indústria trabalha em soluções com leitura de movimento, que funcionam à distância. A Toshiba demonstrou este ano, durante o evento Consumer Electronics Show (CES), em Las Vegas (EUA), uma tecnologia chamada Spatial Motion Interface, que usa raios infravermelhos e sensores para ler os movimentos das mãos do espectador. No lugar do controle remoto, os comandos aparecem na própria tela do computador, e podem ser selecionados à distância. Resta saber qual é o apetite do consumidor por tanta novidade. "Às vezes, a indústria força mais o mercado do que o consumidor realmente quer", reconhece Helio Bork, representante no Brasil da Bang & Olufsen, empresa holandesa de equipamentos de luxo de áudio. Apesar da crise da indústria fonográfica e da vitória do MP3, o produto mais vendido da empresa ainda é o equipamento que toca seis CDs ao mesmo tempo.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.