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UE avalia extensão de tarifas sobre calçado da China e Vietnã

Empresas dos países asiáticos estariam vendendo produtos para o bloco a preços abaixo dos de mercado

Por Ana Conceição e da Agência Estado
Atualização:

A Comissão Europeia deve propor que as tarifas que incidem sobre as importações de calçados da China e do Vietnã sejam cobradas por mais 15 meses, segundo diplomatas europeus. Muitos governos e companhias do bloco, contudo, são contrários à medida. Os calçados chineses pagam tarifa de 16,5% para entrar no mercado europeus e os vietnmitas, 10%.

 

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A Comissão, braço executivo da União Europeia, deve argumentar que as companhias de calçados chinesas e vietnamitas estão vendendo seus produtos para o bloco a preços abaixo dos de mercado, especialmente se os valores forem comparados a aqueles cobrados por outros países em desenvolvimento, como Brasil, Índia e Indonésia. Outro argumento é que as tarifas custam aos consumidores europeus apenas 1,50 euro (US$ 2,21) por par de sapatos.

 

Corporações globais como a Adidas e uma de suas maiores fornecedoras, a gigante baseada em Hong Kong Yue Yuen Industrial Holdings LTD., têm batalhado para dar fim às tarifas, criadas em outubro de 2006 e vencidas em 2008. Em junho do ano passado, fabricantes de calçados europeus pediram que a Comissão estendesse a vigência das tarifas e deste então o órgão tem estudado a questão. Enquanto isso, o tributo continua sendo cobrado.

 

Os argumentos da Comissão para estender a vigência das alíquotas serão informados aos fabricantes e aos importadores de calçados amanhã, segundo fontes da UE. Em novembro, especialistas em comércio da UE discutirão o assunto e quaisquer decisões terão que ser aprovadas pelo Conselho Europeu. Se a extensão da tarifa for aprovada sua vigência iniciará em janeiro de 2010.

 

Não está claro se o Conselho aprovará a extensão da tarifa porque o setor calçadista europeu é basicamente composto por pequenas e médias fábricas concentradas na Itália, Portugal, Romênia, Espanha e Polônia. Esses governos e alguns outros irão apoiar a extensão, mas os outros países que compõem a UE deverão ser contrários. As informações são da Dow Jones.

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