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UE define diretrizes para lidar com ativos problemáticos

Por Nathália Ferreira
Atualização:

Os ministros das Finanças da União Europeia concordaram em amplas diretrizes para lidar com ativos podres nos balanços dos bancos, na esperança de restabelecer a confiança nos mercados financeiros do bloco. Durante o encontro regular em Bruxelas, os ministros criaram um conjunto de princípios que irão guiar os governos nacionais conforme eles ajudam a reviver os bancos que têm ativos problemáticos. O acordo dos ministros sobre os ativos de bancos permite uma série de remédios, incluindo a criação de um chamado "banco ruim" ou diversos bancos ruins para ficar com os ativos problemáticos. As diretrizes também pedem "uma abordagem de avaliação correta e consistente" para esses ativos e "flexibilidade a respeito da escolha dos ativos selecionados", disseram os ministros em comunicado conjunto. A principal preocupação é restabelecer os empréstimos bancários, afirmou o Comissário Europeu para Relações Econômicas e Monetárias, Joaquin Almunia, em entrevista coletiva à imprensa, acrescentando que a comissão apresentará um plano mais detalhado nas próximas semanas. Esse plano trará os métodos para avaliar estes produtos complexos e outras condições. "Os bancos que se beneficiarem de tais esquemas deverão manter uma parcela do risco e algumas condições específicas relacionadas à gestão poderão ser incluídas para limitar o risco moral (moral hazard)", disseram os ministros em comunicado conjunto. As instruções também pedem transparência e "monitoramento de perto da implementação" da assistência estatal para os ativos ruins. O ministro das Finanças da Alemanha, Peer Steinbrueck, afirmou que prefere a criação de diversos bancos ruins, parcialmente capitalizados pelas instituições financeiras que os utilizarem, à criação de um único banco ruim centralizado. A ajuda aos bancos não deve colocar um país contra o outro na corrida para oferecer subsídios, enfatizaram os ministros. As informações são da Dow Jones.

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