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UE libera ajuda alemã de US$ 24 bi ao Commerzbank

Por Nathália Ferreira
Atualização:

A Comissão Europeia, braço executivo da União Europeia (UE), liberou a ajuda financeira de cerca de 18 bilhões de euros (US$ 24 bilhões) do governo da Alemanha para o Commerzbank, com a condição de que o banco alemão cumpra um plano de reestruturação rigoroso e limitações de negociação. O Commerzbank é o segundo maior banco privado da Alemanha, com um balanço total de 1,1 trilhão de euros.Para limitar a distorção na competição resultante da intervenção do governo alemão, o Commerzbank concordou em vender as atividades de banco de investimentos e imóveis comerciais, incluindo a Eurohypo, que tem participação importante nos negócios de finanças públicas e imóveis na Europa, informou a Comissão. As unidades das quais o Commerzbank terá de se desfazer para poder receber a ajuda do governo alemão representam cerca de 45% do balanço atual do banco, segundo a Comissão. O banco também terá de mudar suas práticas de gestão de risco e governança corporativa, suspendendo pagamentos de dividendos e juros para detentores de capital híbrido. Além disso, o banco será impedido por três anos de comprar instituições financeiras ou outros negócios que potencialmente competem com ele. O Commerzbank também está proibido de fazer negócios, incluindo aceitar depósitos, sob condições de preços mais favoráveis que seus competidores em produtos onde tem fatia de mercado acima de 5%. O Commerzbank concordou em se concentrar nas atividades principais de banco de varejo e banco corporativo, incluindo no Centro e Leste Europeu, que geraram retornos estáveis no passado.O Commerzbank teve problemas depois de comprar o problemático Dresdner Bank, com o portfólio lastreado em ativos sendo um dos principais causadores da necessidade do Commerzbank de buscar injeção de capital para impulsionar seu nível de capital Tier 1. Ao oferecer ao Commerzbank um total de 18,2 bilhões de euros em medidas de capital e mais 15 bilhões de euros (US$ 20 bilhões) em garantias em dois pacotes de ajuda, o governo alemão assume participação de 25% mais um no banco. As informações são da Dow Jones.

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