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UE mantém embargos apesar de indícios de aftosa em SP

Os veterinários que avaliaram a situação paulista explicaram, na Comissão Européia, que não haveria motivo no momento para incrementar as barreiras

Por Agencia Estado
Atualização:

A União Européia (UE) anuncia que, por enquanto, não irá ampliar seu embargo contra a carne brasileira por causa dos indícios de febre aftosa registrados há duas semanas no Estado de São Paulo. Bruxelas enviou na semana passada uma missão de veterinários ao País para avaliar a situação paulista. Nesta segunda-feira, na Comissão Européia, os veterinários explicaram que não haveria motivo no momento para incrementar as barreiras. Os europeus mantêm barreiras à carne brasileira produzida nos Estados de São Paulo, Paraná e Mato Grosso do Sul. Mas certos países, como a Irlanda e a França, pressionam a comissão para ampliar o embargo para outros Estados e impor a medida por um período mais longo. Se não bastasse a insistência de alguns governos por medidas mais duras contra o Brasil, a UE recebeu há duas semanas informações que deixaram as autoridades preocupadas. Segundo Bruxelas, a notícia de que novos focos de aftosa teriam sido identificados no estado de São Paulo precisa ser esclarecida. Em uma nota oficial, do dia 8 de setembro, o Ministério da Agricultura garantiu que "não procede a informação de ocorrência de febre aftosa em propriedades rurais no estado de São Paulo" e que apenas monitoramentos sorológicos estavam sendo conduzidos. Mas os veterinários da UE preferiram fazer uma nova vistoria. A missão incluiu visitas a propriedades no estado de São Paulo e ao laboratório onde os testes foram feitos no Rio Grande do Sul. O resultado, porém, foi positivo aos brasileiros. Europeus e brasileiros estão travando uma guerra diplomática em torno da saúde animal. Isso porque os países da UE que estão sendo prejudicados pelas exportações brasileiras querem aproveitar das condições consideradas como insuficientes no setor fitossanitário nacional para pedir que barreiras sejam impostas.

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