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UE pede que políticos gregos apoiem pacote de ajuda

Líderes dizem que não há plano B, caso o Parlamento do país não aprove cortes de gastos

Por BBC Brasil
Atualização:

Os líderes da União Europeia pediram que toda classe política da Grécia apoie o programa de corte de gastos e aumento de impostos. O argumento é o de que não há outra alternativa ao país, que negocia o acesso a um novo pacote de ajuda, que pode atingir 120 bilhões de euros (cerca de R$ 271,4 bilhões). Os líderes do bloco europeu participaram, nesta sexta-feira, de uma segunda rodada de negociações em Bruxelas. A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, reiterou que seu país (responsável pela maior fatia da contribuição) fará "tudo para estabilizar o euro". O Reino Unido, que não participa da zona do euro, já avisou que não irá contribuir com o novo pacote. O alto nível de endividamento da Grécia é uma séria ameaça à moeda única europeia e a quebra do país poderia espalhar mais instabilidade pelo continente, já que a situação também é crítica em Portugal, na Irlanda, na Espanha e na Itália. Merkel pediu, no entanto, que os gregos "cumpram com sua responsabilidade histórica". Um comunicado do encontro de chefes de governo e de Estado pediu que "todos os partidos políticos da Grécia apóiem os principais objetivos do programa", dizendo que "a unidade nacional é pré-requisito para o sucesso" do plano de resgate. Os líderes também concordaram com a entrada da Croácia na União Europeia, que deve ocorrem em julho de 2013. Sem alternativa O primeiro-ministro grego, George Papandreou, explicou o plano de cortes de 28 bilhões de euros (R$ 63,3 bilhões), que ainda precisa de aprovação do Parlamento. Caso seja aprovado, a Grécia já terá direito a sacar 12 bilhões de euros (R$ 27,1 bilhões) do primeiro pacote, de 112 bilhões de euros (R$ 253,3 bilhões), com fundos da União Europeia e do FMI. O país corre o risco de declarar moratória em julho se não tiver acesso a essa parcela. A União Europeia também deve pedir aos credores privados que renegociem a rolagem da dívida grega. Mais cedo, o primeiro-ministro de Luxemburgo, Jean-Claude Juncker, foi taxativo com os gregos. "Você não pode fazer alguém acreditar que há um plano B. Se a Grécia fizer o que tem de ser feito, nós faremos nossa parte".

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