PUBLICIDADE

Publicidade

UE reduz ainda mais lista de fazendas para exportar carne

Técnicos europeus encontram inconsistências em relatórios que trazem informações sobre as propriedades

Por Fabiola Salvador e da Agência Estado
Atualização:

Apesar de o governo ter reduzido de forma significativa a lista de fazendas aptas a vender animais para frigoríficos que exportam carne in natura para a União Européia (UE), os técnicos europeus que estão no Brasil desde domingo encontraram inconsistências nos relatórios que trazem informações sobre as propriedades. Diante das deficiências, os europeus e técnicos do Ministério da Agricultura decidiram, de comum acordo, excluir outras propriedades da lista de fazendas que poderão ser visitadas pelos europeus nos próximos dias.   Na sexta-feira, o Ministério encaminhou documento à UE informando que, após analisar a documentação das propriedades auditadas em janeiro, constatou que menos de 200 propriedades cumpriam todos os requisitos previstos na Instrução Normativa 17, de 2006, que define as regras da rastreabilidade. A lista teria apenas 150 fazendas. Nos corredores do prédio anexo do ministério, onde fica a Secretaria de Defesa Agropecuária, a torcida é para que reste alguma fazenda na lista que servirá de base para a escolha das propriedades que serão vistoriadas pelos europeus até o dia 11 de março.   O roteiro das visitas deve ser definido após a checagem dos dados, mas as fazendas localizadas em Goiás devem ser as primeiras a ser inspecionadas pelos europeus, o que pode acontecer ainda nesta semana. As visitas devem ser intensificadas na próxima semana, quando outros técnicos da UE chegarão ao Brasil. Dois europeus já estão no Brasil e outros sete chegarão ao País na segunda-feira, 3.   Apesar dos cortes constantes nas listas, técnicos do ministério ressaltam a importância da visita da missão para a retomada das vendas de carne bovina in natura para o bloco. "Não interessa o número de fazendas que estarão na lista ou que serão inspecionadas", afirmou uma fonte do governo. "O importante é reabrir o mercado, o que depende da apresentação de dados confiáveis", completou um desses técnicos.   Ele lembrou que todas as fazendas que, comprovadamente, cumprirem as regras de rastreabilidade poderão vender para o bloco e não só aquelas que serão vistoriadas pelos europeus. O secretário de Defesa Agropecuária, Inácio Kroetz, está em Minas Gerais, acompanhando o chefe do Serviço Federal Veterinário e Fitossanitária da Rússia, Sergey Dankvert.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.