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UE tem desemprego recorde

672 mil vagas foram cortadas no 4.º trimestre de 2008

Por Andrei Netto
Atualização:

O nível de emprego na Europa sofreu no quarto trimestre de 2008 seu maior recuo desde o fim da 2ª Guerra Mundial. De acordo com o Escritório Estatístico das Comunidades Europeias (Eurostat), 672 mil postos de trabalho foram fechados no período, uma redução de 0,3% em relação ao terceiro trimestre . Dentre as maiores economias, só a Alemanha escapou do encolhimento. Segundo o Eurostat, a queda de 0,3% foi idêntica na zona euro, o grupo de países - até então com 16 membros - que adota a moeda única. Nessa região, 453 mil postos de trabalho foram fechados.Em relação ao quarto trimestre de 2007, o nível de emprego permaneceu estável tanto na UE, quanto na zona euro. O pior recuo registrado entre os 27 países aconteceu na Letônia, onde o nível de emprego recuou 2,8% no quatro trimestre, depois de registrar uma diminuição de 2,1% no terceiro. Entre as maiores potências, o pior resultado foi verificado na Espanha, onde o número de postos de trabalho caiu pelo terceiro trimestre consecutivo - 2,1% no quarto trimestre. Na França, no Reino Unido e na Itália a queda variou entre 0,1% e 0,2%. Maior economia do bloco, a Alemanha registrou aumento de 0,1% do mercado de trabalho, e ainda não verificou recuo desde o início da crise. Apesar dos números negativos do final do ano, em 200 o balanço de empregos foi positivo na zona euro (0,8%, ou 1,13 milhão de novas vagas) e na UE (0,8%, 1,76 milhão de empregos). O mercado dos 27 países-membros tinha, em dezembro de 2008, 225,3 milhões de trabalhadores. O desempenho positivo, entretanto, não vai se reproduzir em 2009. De acordo com a Comissão Europeia, 3,5 milhões de empregos serão extintos em razão da crise econômica internacional.

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