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UE tem lista de produtos para retaliar EUA

Para combater tarifa do aço, Europa vai imporbarreiras até a alimentos do café da manhã

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Por Redação
Atualização:
  Foto: MARK BLINCH | REUTERS

A União Europeia publicou ontem uma lista de produtos dos Estados Unidos para os quais planeja impor barreiras caso não fique isenta da tarifação de aço e alumínio prometida pelo presidente americano, Donald Trump.

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A lista contém dezenas de produtos, entre eles alimentos para café da manhã, utensílios de cozinha, roupas e calçados, máquinas de lavar roupa, têxteis, uísque, motocicletas, barcos e baterias.

Os produtos americanos ameaçados de tarifação pela UE valem cerca de ¤ 2,8 bilhões no comércio anualmente, mas a lista pode crescer para o equivalente a ¤ 6,4 bilhões, quando a extensão total do impacto das tarifas dos EUA for conhecida.

A comissão executiva da UE, que negocia assuntos comerciais em nome dos países-membros, deu dez dias às partes interessadas da indústria europeia para se oporem caso temam que qualquer produto-alvo das tarifas seja afetado.

Na semana passada, Trump anunciou a imposição de tarifa de 25% na importação de aço e de 10% na de alumínio. O presidente isentou temporariamente o Canadá e o México, desde que os dois concordem com a visão dos EUA na renegociação do Acordo de Livre-comércio do Atlântico Norte (Nafta, na sigla em inglês).

Exceções. Trump disse que outros países também poderiam ser poupados se conseguirem convencer Washington de que suas exportações não ameaçam a indústria americana. As tarifas estão configuradas para entrar em vigor na próxima semana. A UE acredita que também deve ser isenta e rejeita a afirmação de Trump de que as tarifas são necessárias para a segurança nacional dos EUA, ao pontuar que as medidas são protecionistas. A maioria dos países da UE é aliada de Washington na maior organização de segurança do mundo, a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).

A comissária de comércio da UE, Cecilia Malmstrom, conversará na próxima semana com o secretário do Comércio dos EUA, Wilbur Ross. Cecilia se reuniu em Bruxelas no sábado passado com o representante comercial americano, Robert Lighthizer, para discutir as tarifas e os procedimentos de isenção. Ela disse que não tinha “nenhuma clareza imediata no procedimento exato dos EUA”.

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O Brasil, que deve ser afetado, evitará confronto e só recorrerá à Organização Mundial do Comércio (OMC) contra as novas barreiras comerciais americanas se o diálogo falhar, segundo o presidente Michel Temer deixou claro em um evento nesta semana.

O País tentará uma ação conjunta com outros países prejudicados e também vai tentar convencer os parlamentares americanos a pressionar o presidente Trump a isentar o aço brasileiro. /Associated Press 

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