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Um apartamento nada ''popular''

Oito das 12 unidades de R$ 13,5 milhões já foram vendidas

Por Renato Cruz e São Paulo
Atualização:

Ao mesmo tempo em que o governo lança um pacote para incentivar o acesso à moradia popular, a construtora Adolpho Lindenberg e a imobiliária Sotheby?s oferecem, em São Paulo, no bairro do Morumbi, apartamentos de 1.223 metros quadrados, que custam R$ 13,5 milhões. Das 12 unidades, 8 já foram vendidas. "Em setembro e outubro do ano passado, sentimos o impacto da crise no mercado de alto padrão", disse Celso Pinto, diretor da Sotheby?s São Paulo. "Agora, a situação está bem normalizada. Estamos atendendo muitas ligações. Gente que perdeu dinheiro na bolsa agora quer concentrar os investimentos em imóveis." O apartamento tem seis suítes, uma delas com dois banheiros, dois closets e terraço, com uma área total de 230 metros quadrados. O imóvel conta com 12 vagas na garagem, sala de lareira e sala de cinema, jardim de inverno fechado e terraço com piscina de 15 metros quadrados. Segundo o diretor da Sotheby?s, alguns clientes que buscam o apartamento vêm de casas ainda maiores. "O objetivo é simplificar a vida", explicou Pinto. "É complicado hoje ter um número muito grande de funcionários." Ele diz que o valor de R$ 13,5 milhões não é alto no mercado de alto padrão. "Existem apartamentos de 980 metros quadrados na mesma faixa de preços." Para quem não estiver disposto a desembolsar o pagamento de uma vez, o Banco Santander tem uma linha de financiamento em até 30 anos, com parcelas fixas. Num financiamento de R$ 9,1 milhões, a parcela mensal fica em R$ 89,4 mil. O condomínio custa de R$ 7 mil a R$ 8 mil por mês e o IPTU de R$ 4 mil a R$ 5 mil mensais. Depois do susto do ano passado, os consumidores de alta renda voltaram a investir em imóveis. "Os lançamentos nessa área não foram suspensos, ao contrário do que aconteceu com alguns residenciais."

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