30 de abril de 2010 | 00h00
A avaliação é do ex-diretor do Banco Central e chefe da Divisão Econômica da Confederação Nacional do Comércio (CNC), Carlos Thadeu de Freitas. Segundo o economista, só será possível saber o que vem por aí na próxima semana, na divulgação da ata da última reunião do Copom.
"Se a ata do Copom der algum sinal de que o aumento da Selic será sucessivo, para um cenário de longo prazo, isso sim poderá influenciar no comportamento dos juros de mercado", explica.
No entanto, é possível imaginar pelos mais recentes acontecimentos que os juros cobrados pelos bancos não sofram uma forte pressão da alta da Selic.
O que pode acontecer, na opinião de Freitas, é uma redução do prazo de financiamento, que aumentou sucessivamente nos últimos tempos a medida que o governo vinha derrubando os juros.
"Como os bancos praticam taxas altas, de imediato eles não precisam reduzi-las. Por ora eles não devem fazer nada nas taxas cobradas, apenas podem surfar em porcentuais que já estão mais altos", diz.
No caso dos financiamentos para veículos, os contratos hoje chegam a 72 meses. Os prazos também têm sido alongados no empréstimo pessoal pré-aprovado.
Os financiamentos chegam a quatro anos. O Santander, por exemplo, está oferecendo aos clientes interessados no Crédito Direto ao Consumidor, o CDC, o prazo de 48 meses.
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