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Um dos objetivos do IOF é evitar bolha na bolsa, diz Mantega

Ministro da Fazenda afirma que taxação equilibrará a entrada de capital estrangeiro na economia brasileira

Por Gerusa Marques e da Agência Estado
Atualização:

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse nesta terça-feira, 20, que o objetivo do governo com a taxação do capital externo foi equilibrar a entrada de capital estrangeiro na economia brasileira e evitar excessos "de modo a não causar uma bolha na Bolsa e de modo a não causar uma sobrevalorização do real".

 

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Segundo ele, a sobrevalorização da moeda pode causar danos para a produção brasileira "porque daqui a pouco vamos estar importando tudo e não exportando nada e lá se vão os empregos brasileiros para fora". Depois de participar da reunião do Conselho de Administração da Petrobrás, Mantega disse acreditar que a decisão de taxar a entrada do capital externo vai surtir o efeito desejado, mas que é preciso esperar um tempo para avaliar. "De qualquer maneira, colocamos uma espécie de pedágio para a entrada excessiva", afirmou o ministro.

 

Para Mantega, esse "pedágio" deve atenuar a entrada excessiva de recursos estrangeiros e a sobrevalorização do real. Ele ponderou, no entanto, que a medida não evitará que o real fique valorizado porque essa valorização, de acordo com o ministro, reflete a força da economia brasileira. "O Brasil hoje é uma economia forte e, portanto, a moeda também é forte, mas ficar forte demais estraga e acaba enfraquecendo o País porque acaba com a atividade produtiva", afirmou.

 

Ele insistiu que a medida deve alcançar o resultado esperado, mas que isso não acontece "em 24 horas". Ao ser questionado se o governo pretende aumentar a alíquota do IOF, definida em 2%, Mantega respondeu: "no momento, não pensamos nisso". Mantega reforçou que a preocupação do governo com o IOF não é a arrecadação. "Ele é um imposto regulatório, e não arrecadatório", disse Mantega, sem revelar qual será o impacto da medida na arrecadação.

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