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Um em cada cinco britânicos diz sofrer 'depressão da recessão'

Pequisa revela que preocupações com emprego, queda na economia e alta na criminalidade são pontos temidos

Por Jamil Chade e de O Estado de S. Paulo
Atualização:

A moral dos britânicos começa a ser atingida pela crise. Um levantamento feito pelo Lloyds TSB concluiu que uma em cada cinco pessoas no Reino Unido afirma estar sofrendo "depressão da recessão". Preocupações com o desemprego, queda na economia e alta nos índices de crime são os pontos mais temidos, segundo a pesquisa.

 

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21% dos entrevistados afirmaram que a recessão gerou neles uma depressão. 17% disseram que estavam preocupados com suas finanças. Já 36% admitiram que estão passando mais tempo em suas casas. Mas há uma grande diferença entre os "novatos" da crise, que enfrentam sua primeira recessão desde que entraram no mercado de trabalho, e os "veteranos".

 

Os "veteranos" de crises alertam que a maior preocupação é mesmo com o desemprego e a gestão da economia pelo governo. Já as pessoas de menos de 34 anos e que enfrentam sua primeira recessão se mostram mais alarmadas com temas pessoais. As preocupações dessa classe são a incapacidade de manter os mesmos gastos que antes e como pagar suas dívidas a partir de agora.

 

O problema, segundo o levantamento é que apenas 20% dos jovens britânicos afirmam que estão modificando suas vidas para gastar menos. O temor é de que a crise acabe gerando uma segunda crise: a das dívidas. O Reino Unido registra em média uma dívida de US$ 95 mil por família, uma das mais altas do mundo.

 

Mas 40% dos "veteranos" de outras crises garantem que consomem só o essencial. 25% deles ainda estão adiando suas férias ou mesmo cancelando qualquer viagem. Na última quarta, a IATA divulgou seus últimos números, apontando que o número de pessoas tomando aviões caiu em 10% em fevereiro no mundo, a maior redução em um só mês desde o início da crise. Já os passageiros de primeira classe tiveram uma redução ainda maior: 16%.

 

"Quando o momento é de crise, as pessoas se sentem com medo, as tornando mais conservadoras e menos propensas a gastar", afirmou a psicóloga Corinne Sweet.

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