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Um quarto dos correntistas do Brasil fecha o mês com a conta no vermelho

Projeção do serviço de orientação de finanças pessoais GuiaBolso calcula que, em agosto, 26% dos clientes entraram no cheque especial

Por Gustavo Santos Ferreira
Atualização:

Existem hoje mais de 103 milhões de contas correntes abertas no Brasil - mostra o último levantamento da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban). E, dessas, 26% encerraram o mês de agosto no vermelho - aponta pesquisa por amostragem do GuiaBolso, site de organização de finanças pessoais. Ou seja, pela projeção da empresa, perto de 27 milhões de brasileiros têm recorrido a uma das mais caras modalidades de empréstimo do mercado de crédito do País, o cheque especial, para conseguir honrar compromissos. O CEO do GuiaBolso, Thiago Alvarez, cita três perfis de correntistas: (1) os que não usam o cheque especial; (2) os que usam apenas em emergências, o modo mais indicado; e (3) os que usam sempre e consideram o limite de crédito concedido pelos bancos como parte da renda. "Um quarto do universo de correntistas brasileiros, esse terceiro grupo, passa pelo menos três meses ao ano com o saldo negativo", afirma. "Mas o que impressiona não são exatamente esses dados, e, sim, as altas taxas a que essas pessoas ficam expostas e a quantidade de tempo." Para se ter ideia do quão violento para o bolso é o cheque especial no Brasil, basta comparar os juros médios ao mês cobrados pela modalidade com os de outras alternativas - demonstra o economista Luiz Rabi, da Serasa Experian. "Cada linha de crédito tem a sua finalidade específica e o consumidor precisa entender isso direito", diz ele.

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