‘Uma empresa tem de responder pelo impacto do seu negócio’, diz presidente do GPA

No GPA, a percepção é de que as metas ESG instauram um processo educativo em toda a companhia

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Por Fernanda Guimarães
3 min de leitura

No GPA, ao colocar métricas relacionadas ao ESG na remuneração do alto escalão, a percepção é de que todo processo educativo instaurado vai permeando toda a companhia. A mudança ocorre, ainda, em um momento em que o consumidor brasileiro vem notando a importância da sustentabilidade, algo que ficou mais intenso nesse momento de pandemia, aponta do presidente do GPA, Jorge Faiçal.

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Houve alguma mudança na condução da empresa a partir do momento em que a remuneração do alto escalão passou a ter vinculação às métricas ESG? 

A sustentabilidade sempre permeou nosso negócio. E a inclusão do tema nas metas de remuneração variável da liderança foi um desdobramento natural do nosso compromisso, com o qual procuramos evoluir de forma consistente permanentemente. Acreditamos que inserir o tema como um item da remuneração variável sinaliza e contribui para um processo educativo em toda a companhia que esse não só um compromisso do conselho ou do CEO, mas também de todos que fazem o dia a dia dos nossos negócios. 

O consumidor no Brasil está mudando seu consumo e se voltando para empresas e produtos mais sustentáveis? 

Não há dúvidas de que o consumidor brasileiro vem mudando o seu modo de pensar, intensificando a exigência com os produtos e o processo produtivo por trás deles. O consumo e a oferta consciente, inclusive, é um dos eixos da nossa estratégia de sustentabilidade. Isso significa que mais do que a nossa preocupação no processo educativo com o consumidor, acreditamos também no processo educativo e de evolução da nossa cadeia, elevando o entendimento e escolhas tanto da demanda, como da oferta. Essa alteração de comportamento do consumidor também foi intensificada com o período pandêmico que estamos vivendo. Todos nós começamos e perceber a interdependência dos temas e aumenta-se a busca por um comportamento mais sustentável, seja de indivíduos como de empresas. 

Presidente do GPA diz que consumidor brasileiro vem notando a importância da sustentabilidade Foto: GPA

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Como foi para a empresa - e para você pessoalmente - ter essa mudança no cálculo da remuneração? 

O impacto é extremamente positivo, nos orgulha saber que uma das nossas prioridades de negócio da qual somos remunerados e trazer valor para a sociedade. Além disso, é uma oportunidade de mais pessoas, diferentes saberes poderem contribuir com uma estratégia de negócios que tenha como premissa um desenvolvimento sustentável, reforça ainda mais ainda o compromisso da companhia na conduta que esperamos de nossos líderes. 

Como o tema ESG está na pauta da administração do GPA? 

Acredito que uma empresa é responsável não somente pelo seu negócio, mas pelo impacto dos seus negócios em tudo que a cerca. Essa é a nova forma de nos relacionarmos com todos os nossos stakeholders. Essa agenda é compromisso e propósito, e tem que estar refletida na nossa cultura, na liderança, no nosso modo de operar o hoje e o futuro. Temos uma estratégia de sustentabilidade de médio e longo prazo na qual direciona nossos compromissos, assim como nossas iniciativas e metas. O desdobramento disso é o envolvimento de dezenas de áreas do negócio. Isso envolve desde procedimentos e atividades quem envolvem o dia a dia a loja, como resíduos, energia, água, gases de efeito estufa, passando pelo que ofertamos e como homologamos nossos fornecedores até o relacionamento com o cliente.

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