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União de TIM e Vivo é ruim para consumidor, diz Falco

Presidente da Oi, que está comprando a Brasil Telecom, critica possível fusão de concorrentes

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Por Redação
Atualização:

Uma eventual união de forças entre Vivo e TIM seria prejudicial ao consumidor, avalia o presidente da Oi, Luiz Eduardo Falco. Em entrevista à Agência Estado, o executivo diz que a Telecom Italia, controladora da TIM, terá dificuldade de viver sozinha e, por isso, ele considera grande a chance de este grupo se juntar à Telefónica, que já faz parte do bloco de controle da operadora italiana. Por isso, acredita Falco, é "bem possível que a TIM esteja caindo nas mãos da Telefônica". O grupo de origem espanhola divide com a Portugal Telecom (PT) o controle da Vivo, operadora líder no Brasil em participação de mercado. Segundo Falco, a notícia publicada pela imprensa italiana de que a Telecom Italia estuda se desfazer da TIM para equacionar parte de sua dívida sinaliza que, sozinha, a italiana não vai longe. E corroboram sua tese de que a consolidação é um caminho sem volta no mundo todo e que a Oi, junto com a Brasil Telecom (BrT), constitui "a terceira força" no mercado brasileiro de telecomunicações. "Se nós não existíssemos e a Telefônica comprasse a TIM, o Brasil ia ter apenas dois competidores: Vivo/TIM contra a Claro. Vamos dar uma opção a mais ao consumidor", avalia o executivo. Para ele, uma eventual integração entre Vivo e TIM seria danosa ao consumidor por eliminar um competidor do páreo. No caso da consolidação entre Oi e BrT, ele julga benéfica por não haver sobreposição dentro de uma mesma área de prestação dos serviços. Sob o ponto de vista empresarial, contudo, Falco diz achar "normal" uma união entre as operadoras móveis concorrentes. "Meu discurso é que o mundo tem de se consolidar. Mas, neste caso, para nós nada muda: vamos continuar competindo com os mesmos caras. Se é espanhol mais italiano, continua sendo com espanhol", ressalta. Sobre a reação da concorrência à compra da BrT, que foi menos combativa do que se esperava, Falco avalia que cada empresa tem sua estratégia e talvez "uns tenham sido mais e outros menos explícitos" nas suas manifestações sobre a compra. A Telefónica não se opôs, pelo menos publicamente, à aquisição da BrT pela Oi. Falco negou veementemente que tenha havido um acordo do tipo "você não me atrapalha e eu não te atrapalho", ressaltando que a Telefônica é sua "inimiga".

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