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União Européia admite protecionismo no açúcar e produtos lácteos

Por Agencia Estado
Atualização:

O comissário europeu da agricultura, Franz Fischler, reconheceu nesta terça-feira, durante uma conferência sobre a globalização, organizada pela Universidade de Louvan, na Bélgica, que a reforma da política agrícola comum (PAC) "é indispensável, em particular para os setores de açúcar e de produtos lácteos". O Brasil enfrenta uma disputa contra a União Européia (UE) na Organização Mundial do Comércio (OMC), onde denunciou, em setembro, o sistema de subvenções europeu aos produtores de açúcar. O País também critica a União Européia por utilizar a seu favor os países ACP (África, Caribe e Pacífico), alvo indireto do contencioso sobre o açúcar. Fischler admitiu que a PAC "contém elementos protecionistas" e deve ser "reformada". Para ele, a UE é vulnerável e as reformas são indispensáveis tanto para açúcar, quanto para os subsídios aos produtores de lácteos. "Esse tema exigirá um esforço de persuasão para convencer os países membros da necessidade das reformas", disse. O diretor geral da OMC, ex-ministro tailandês do comércio, Supachai Panitchpaki, ressaltou que a "agricultura é uma questão chave" nas negociações internacionais e por isso, espera da UE "propostas construtivas" a esse respeito. O comissário europeu do comércio, Pascal Lamy, reiterou que o bloco econômico anunciará "antes do fim do ano" as linhas da proposta agrícola comunitária dentro do quadro das negociações multilaterais. A UE, segundo Lamy, não pretende retardar as negociações agrícolas, previstas para começar em março.

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